sexta-feira, outubro 19, 2007

O Natal faz de mim um zombie

Pare que vou falar de um filme de série z ou de um filme de John Carpenter, mas não, vou falar da minha ultima visita a um centro comercial (mas um dos grandes). Mal entro na dita catedral de compras, olho para uma montra e vejo artigos natalícios (bonecos de neve, renas, bolas, estrelas, etc.) incrédulo procuro a data corrente no meu receptor de chamadas telefónicas, e eis que reparo que ainda estamos em meados de Outubro mais de 2 meses antes do Natal.

Penso para mim, num raro momento de clarividência Calviniana, estes gajos, pá!, sempre a tentar invocar o espírito consumista de cada um de nós, quem precisa de mais enfeites para a árvore-de-Natal? Ninguém! Uma pessoa tem que ser um pouco papalva para cair em tal armadilha e atafulhar um pouco mais a árvore, sobretudo quando mesmo as pessoas que precisam dos enfeites só os vão usar daqui a 2 meses. Dois meses meus senhores – inacreditável.

Então, e meramente com espírito explorador – isto da ciência impele-me para escarafunchar tudo o que me parece merecedor de explicação – entrei na dita loja e fui tentar perceber qual o motivo que levava os magotes de pessoas, que estavam a comprar os bonequinhos, a fazê-lo.

Enquanto me embrenhava nos meandros escuros dos enfeites de Natal, lembrei-me que para além de produtos energéticos para manter a meu corpo (vulgos alimentos) tinha-me deslocado aquele espaço comercial também para adquirir uma prenda engraçada e despretensiosa.

Passados alguns minutos saí da loja muito confiante e com um embrulho debaixo do braço – um assunto já está arrumado, agora vou ver as novidades à FNAC (pensei eu). Segundos depois caí em mim (foi tranquilo, nada doloroso) e apercebi-me o quão papalvo eu sou, caí na esparrela e comprei um enfeite de Natal dois meses antes do aceitável. Sou de facto lamentável deixo-me manipular pelas grandes companhias e não consigo resistir a uma comprinha de Natal. Talvez seja por isso que já não tenho espaço para nada em casa.

Mas do mal o menos a prenda foi um sucesso. E porquê? Porque ninguém espera um presente desta índole a meio de Outubro…

Sem comentários: