sexta-feira, outubro 31, 2008

All Bond



O que me passa pela cabeça quando outros fazem aquilo que eu queria fazer? Penso: Porreiro pá! Menos trabalho para mim.

Na verdade Ryan Fujitani fê-lo melhor do que eu alguma vez conseguiria.

Mas o quê, o que é que ele fez? Ele esta no processo de ver todos os filmes de Bond (incluindo os não oficiais) ao ritmo de um por dia, escrevendo no dia seguinte o que acho do filme. É interessante ler o que vai na cabeça de um senhor que olha para o Franchise Bond como uma série de 24 episódios.

Leiam e vão ver que passam a apreciar ainda mais o universo do espião mais famoso do mundo. E não se esqueçam que dia 6 estreia por cá o novo Bond 22: Quantum of Solace (2008).

Todos a levarem a Walther PPK para o cinema que os vilões abundam. Ah pois abundam.

Ah é verdade leiam a experiencia de Fujitani em:

quarta-feira, outubro 22, 2008

The Spiderwick Chronicles (2008)

Quando um livro esconde os segredos de uma mundo desconhecido…

Sim senhor belo filme de família! Simples, directo e bem feito. Nada de megalomanias. Um filme pequenino que não se perde em epopeias continentais, tudo se passa num quintal. E que quintal meus amigos! Um quintal povoado de seres encantadores e de seres terríficos.

A mim, e sobretudo porque como sempre o bem prevalece e o herói salva o dia, parece-me um mundo muito mais interessante, muito menos enfadonho. Quero ir para o quintal desta família, quero ir lá passar umas férias prolongadas.

Vejam este filme com a família, vejam-no com os pequenitos ou vejam-no em casal.

Nota: 3,5/5

terça-feira, outubro 21, 2008

Rounders (1998)


Porque escolhi ver este filme, que me parece largamente desconhecido? Porque é sobre poker e porque tem dois actores que aprecio, Norton (um dos meus actores de eleição) e Damon (que não me desilude). Ambos desempenham bem o seu papel num estilo que posso descrever da seguinte forma: Norton no mesmo registo de “The Italian Job” (2003) e Damon no mesmo registo de “Good Will Hunting” (1997).

Embora feito no final dos anos 90, este filme tipifica o género desta década, quer pela maneira de filmar quer pelo desenrolar da estória. Eu esperava um filme diferente mais leve, mas, acabou por se tornar algo mais dramático do que previ. Há uma quebra no filme, quando os dois heróis se separam (com um belo “I see you when I see you”) para nunca mais se encontrarem. Este deveria ter sido um ponto de viragem em que o filme merecia uma visão dupla em que seguíamos ambas as personagens num paralelismo que provava a vitória do “bem” e a queda do “mal”. Isto sim traria uma complexidade muito interessante ao filme que passaria a funcionar num outro plano, até porque se o sonho de um é Las Vegas (luz) poderíamos ver o outro em jogos de cave (escuro). Mas acabou por se simplificar e seguirmos apenas aquela pela qual se gera simpatia.

Nota: Esperava mais deste filme 3/5

sexta-feira, outubro 17, 2008

Total Recall (1990)


Quando as maminhas não vêm em pares, eu estou lá para ver.

Schwarzenegger, Sharon Stone e um Red Light District de mutantes. Com estas características, como pode um filme não ser bom?? Não pode, pelo menos é icónico de uma época, e a maneira do Texas Lord representar é algo de profundamente Kisch. E Kisch é o que queremos nos dias de hoje, Kisch and Cheesy movies.

É um filme Sci-Fi de acção frenética do inicio ao fim, bem conseguido e com uma estória plausível. No meio disto tudo ainda lhe espeta com um pouco de thriller psicológico. Isto está a acontecer? É um sonho? O que é verdade? Perdi-me! Então, mas ele é bom ou mau?

No final tudo fica bem, os maus são derrotados, numa das cenas de morte mais espectaculares de sempre, e o herói fica com a miúda.

Tem duas ou três cenas memoráveis e que eu ainda me lembrava dos tempos de puto.

Nota: Ok, eu sei que não é um grande filme, mas eu gostei de o ver e acho que vou gostar de o rever, e como nisto sou eu que mando…4/5

quarta-feira, outubro 15, 2008

Creature from the Black Lagoon (1954)


Seguindo os meus próprios conselhos nos posts anteriores, vi este filme sozinho numa noite escura e tenebrosa.

Este filme foi filmado em 3D no auge desta tecnologia. Nos anos 50 pôde-se ver a criatura a sair do ecrã para aterrorizar os espectadores (muito cool, muito Sci-Fi). Em Portugal tivemos a hipótese de ver em casa a 3 dimensões este monstro da Universal (um pouco mais tarde, nos anos 80).

O filme retrata o último monstro clássico da Universal, numa transposição da estória do King Kong (1933) para ambientes subaquáticos. Há um lado humano na criatura, personificado pela atracão que sente pela heroína. Todo este lado humano e apelativo atinge o clímax numa sequência em que o animal segue os movimentos da heroína, dentro de água, de uma forma quase mimética. Esta cena é uma dança, um bailado coreografado que segundo alguns está carregado de sexualidade (para mim um dos momentos mais bem conseguidos do filme).

Outro ponto que me atrai neste filme é o facto de o cientista deixar a posição de vilão que adquirira em Frankenstein (1931) e passar a ser o herói. Ainda melhor o herói é biólogo marinho e ainda por cima Ictiólogo. Tivesse eu nascido antes e já se sabe quem seria o herói!

Gostei bastante do filme mas tive que imaginar que era um filme do final da década de 30, início dos anos 40. Porque se retirarmos o facto de ter sido produzido em 3D, o filme peca pela falta de complexidade de enredo e grande simplicidade. Nos anos 50 eu esperaria um pouco mais de um filme com estas premissas. Em termos cinematográficos, ganha apenas com a composição de algumas cenas e com uma boa filmagem subaquática.

Nota: Porque para mim se pode tornar um pequeno guilty pleasure 4/5

terça-feira, outubro 14, 2008

Ricky Gervais Live: Animals (2003)

Biólogo, amigo, Gervais está contigo!

O senhor em questão é brilhante, poucos têm um percurso tão consistente e tão brilhante. O bom disto tudo é que é um evolucionista confesso. Se podermos ter pessoas brilhantes do nosso lado sempre é melhor do que os tacanhos do lado negro!

Continuando...Este é o primeiro espectáculo de Stand Up Comedy que Ricky Gervais lançou em DVD e é muito bom. Nota-se que não tem uma grande produção e algumas partes não são brilhantes, mas são relativizadas pelos pequenos momentos excepcionais que este espectáculo tem. Ricky leva-nos a percorrer o caminho da evolução onde nos conta a sua grande paixão por animais desde muito pequeno, e nos conta as barbaridades que correm na net intituladas de factos do reino animal.

Vejam que vale a pena, embora possa não concordar com todas as interpretações, entendo-as de um ponto de vista de comicidade.

Nota: Estava tentado a dar 4 pelo prazer que me deu, mas como penso que ele consegue melhor cá vai um 3,5/5

P.S. – Sim é verdade a capa do DVD é um cópia fraquíssima da capa do Thriller de Michael Jackson

segunda-feira, outubro 13, 2008

All Hallows' Even




É pá! esta temática é vasta.

Noutro tipo de conteúdos, temos:

It’s the Great Pumpkin, Charlie Brown (1966) – Para mim um clássico intemporal

Os especiais Halloween dos Simpsons

The Nightmare Before Christmas (1993)

Aaahh!! Real Monsters (1994-1998)

Monsters, Inc. (2001)

Séries de TV:

The Munsters (1964-1966)

Tales from the Crypt (1989-1996)

E que tal ouvir um CD dos Smashing Pumkins? Parece-me apropriado!

Aconselho ainda a leitura de uns livrinhos de Stephen King e do autor clássico (e criador de géneros) Edgar Allan Poe.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Halloween!

A época ideal para ver filmes de terror à maneira, é mesmo All Hallows’ Even!

Querem uma lista?

Cá vai disto, atenção ai em baixo!


Os clássicos:

Das Cabinet des Dr. Caligari (1920) – Deve ser uma obra-prima

Nosferatu, ein Symphonie des Grauens (1922) – Mítico

Frankenstien (1931)

Bride of Frankenstein (1935)

Drácula (1931) – Children of the night!

Freaks (1932) – Estou ansioso para ver este filme.

The Mummy (1932)

The Wolf Man (1941)

House of Wax (1953)

Creature from the Black Lagoon (1954)

A colecção Dead do George A. Romero:

Night of the Living Dead (1968) – Este filme está em domínio público, pelo que se pode ver na net, legalmente e à borla. Querem melhor?

Dawn of the dead (1978)

Day of the Dead (1985)

Land of the Dead (2005)

Filmes desgarrados

Bride of the Monster (1955) – Só mesmo porque é do Ed. Wood. Já o torna algo Kitsch.

The Texas Chain Saw Massacre (1974)

The Rocky Horror Picture Show (1975) – A recomendação AddCritics

Carrie (1976)

Cannibal Holocaust (1980) – não tem muito a ver com o tema, mas…quando saiu foi banido em muitos países (diz-se que em mais de 50) e o seu realizador (Ruggero Deodato) preso. Quem for mais sugestionável, ou extremamente defensor dos direitos dos animais, é melhor não ver este filme porque as mortes dos animais são reais.

C.H.U.D. (1984) – Tem uma legião de fãs os Chuddies. E CHUD é um acrónimo de “Cannibalistic Humanoid Underground Dweller” (nome com alguma pinta. Hem!?)

Blair Witch Project (1998) – Sobre bruxas, cai bem dentro da temática em questão.

Comédia de Terror:

Sleepaway Camp I-III (1983-1989) – Com o selo Troma.

Re-Animator (1985)

Bride of Re-Animator (1990)

The Evil Dead II (1987) – O I foi feito com intenção de ser um filme sério de terror, mas o II descarrilou para a comédia.

Braindead (1992) – Peter Jackson realizou este que é considerado um dos filmes mais gore de sempre.

Teeth (2007) – A premissa de uma mulher com dentes na vagina parece-me no mínimo hilariante.

Shawn of the Dead – Este também com a marca AddCritics.

E como não poderia deixar de ser:

Halloween (1978) – John Carpenter

Se no entanto preferirem ver séries de filmes:

The Exorcist I-III (1973-1990)

The Omen I-III (1976-1981)

Friday the 13th I-VIII (1980-1989)

A Nightmare on Elm Street I-VII (1984-1994)

Scream I-III (1996-2000)

P.S. - Não é de terror mas o “E.T.: The Extra Terrestrial” (1982) para além de ter saído num ano de belíssimas colheitas passa-se durante o Halloween.

P.S.2 – A verdade é que não posso atestar sobre a qualidade de todos estes filmes. Mas, foram aqueles que me surgiram.

P.S.3 – Claro que terror, terror a sério é ver o Keanu Reeves representar.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Film Cell

Meus amigos! Ultimamente tenho sentido a minha veia NERD a palpitar.

Ora isto pode não ser muito bom, mas leva-me a descobrir coisas com pinta.

Então, o que descobri foi:

E o que é isto? Isto é uma edição limitada a 1000 exemplares de quatro células de filme (film cell) (sim! daquelas em celulose) do mítico “Gone With the Wind” (1939), e vem emoldurado, em madeira (ou algum tipo de polímero que se assemelha muito com madeira), com uma plaquinha e com uma imagem do filme. Sim senhor parece-me coisa fina!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Isto está incorrecto!

Algures no filme “4.50 from Paddington” (1987) da minha mui apreciada Miss Marple houve uma incorrecção algo grave. Ora leiam:

Dr. John Quimper – Mum’s the Word.

Tradução: Mãe é a palavra.

Mum’s the Word significa guardar segredo, ficar calado, dizer nada.

Não me digam que é uma expressão nova e que é difícil aos tradutores aprenderem tudo o que surge de novo na língua inglesa. Encontrei uma variação desta expressão, adivinhem onde…num dos livros de Shakespeare:

Henry VI, Part 2:

"Seal up your lips and give no words but mum."

Ora se a língua inglesa é apresentada como a de Shakespeare, não há desculpa ou há?

O que falta a alguns é um pouco de cultura, na era Magalhães falta ler uns livrinhos a algumas pessoas, ah pois falta.



Trading places (1983)


Uma comédia dos anos 80, saudosas comédias dos anos 80. Esta década foi prolífica em comédias para a família que nos fazem quentinhos por dentro. Se fosse o Calvin queria velas à lareira a beberricar cacau quente com muitas, repito, muitas bombocas lá dentro. Que sentimento gostoso.

Este é o segundo filme de Eddie Murphy, and one to remember. Uma aposta é feita e Billy Ray Valentine (Murphy), um pedinte, troca de vida com Louis Winthorpe (Dan Aykroyd) um grande executivo de Wall Street. Num conjunto de peripécias ambos apercebem-se do que se passou e tentam a sua vingança.

Este filme mostra Eddie Murphy em grande forma, com apenas 22 anos mostra porque é um dos maiores actores de comédia. Eu continuo a dizer que há algumas coisas que apenas Eddie e Jim Carrey conseguem fazer bem.

É um bom filme para ver em família com uma estória simples mas bem conseguida, na senda dos filmes perfeitos para ver num domingo à tarde.

Nota:3,5/5

sexta-feira, outubro 03, 2008

Burn After Reading (2008)



Ai que os Coen meteram o pé na argola. Argolada da grossa, ou nem por isso? A verdade é que o filme não surpreende, mas tem segmentos muito bons.

Um conjunto de actores fantástico com Tilda Swinton em grande nível interpreta a nova comédia dos irmãos Coen. Todos se devem ter divertido imenso ao interpretar papéis algo absurdos e completamente estranhos aos papéis a que estão habituados.

Um antigo membro da CIA decide escrever as suas memórias, estas acabam na mão de civis que ao pensarem que aqueles eram dados importantíssimos de espionagem decidem tentar chantagear o dito agente. Quando isto se provou logrado, tentaram conseguir algo através dos russos. Todos estes caminhos se cruzam e entrecruzam, alguns acabam mortos e a CIA, alheia a todo este processo, acaba por intervir e limpar toda a confusão sem nunca perceber o que se tinha passado.

Estranhei a maneira de filmar que me parece que irá funcionar muito melhor em casa num qualquer aparelho de televisão do que no cinema. Porquê? Porque os planos escolhidos obrigam a que a imagem parece enviusada e o comum segundo plano desfocado, não cumpre o seu papel na tela do cinema ao ser exacerbado e incomodando os olhos de quem visiona.

Embora possa ser um sucesso de bilheteira, porque afinal de contas os manos são os vencedores do último Óscar para melhor filme e porque o elenco tem nomes muito, muito sonantes, este é um filme que vai ser sempre considerado menor de entre a cinematografia destes senhores.

Nota: 3/5

quinta-feira, outubro 02, 2008

Once (2006)


Ei, não foi este aquele filme que roubou o Óscar de melhor música à Disney? Foi.

Vi este filme porque tinha alguma curiosidade e porque vinha dos gajos da ilha. Gostei bastante do filme. É um filme curto, bem trabalhado e simples (todos bons atributos para um filme). Fala sobretudo de relações pessoais, de solidão e da realização de sonhos, sem nunca tornar o mundo num local idílico e irreal. É tudo muito plausível, tudo muito verdadeiro (mais um triunfo do filme, escapar ao embelezamento da realidade, eufemismos é para maricas).

A música tem um papel fundamental no filme e co-partilha o protagonismo com os actores e leva-nos a penetrar na essência do filme num crescendo que é muito bem conseguido. Damos por nós completamente embebidos na musica e alheios à nosso própria realidade (muito ao estilo do que acontece com as personagens).

Este vai figurar lista de filmes a adquirir, alias já figura, ah pois figura, ai não que não figura.



Nota: 3,5/5