sábado, julho 24, 2010

Kafka (1991)


Por vezes encontramos filmes que para nós eram desconhecidos e que nos fascinam sobremaneira. Este filme de Soderbergh é fabuloso, não tanto pela história, mas pelos pormenores, que como sempre são a marca distintiva da qualidade. A escolha de um preto e branco bonito, claramente influenciado pelo marcante “The third man” (1949), e de planos apertados fazem a filmografia desta película algo de profundamente interessante. Para mim há ainda outros aspectos que tornam este filme muito interessante aos meus olhos – aquela que a mim me parece uma referência a “O processo” de Kafka e outra a um filme que me pulula a imaginação desde que me lembro “Nosferatu, eine Symphonie des Grauens” (1922). Tudo selos de qualidade que mostram as influências eruditas de quem o escreveu e realizou.

NOTA: 4/5

quinta-feira, julho 22, 2010

Isto tem andado fraquinho, não tem?


Pois é, parece que a vontade se esvaiu. Muitas vezes esta parece esvair-se sem qualquer motivo aparente. A verdade é que não tenho tido vontade de escrever neste blogue.

Gosto muito de escrever aqui, permite-me dar asas à minha veia mais criativa. E de uma forma muito fácil, sem rede, sem preparação, e, sejamos, francos sem grande pré ou pós-produção. Escrevo de chofre aquilo que no momento se surge ou ressurge na cabeça. Para isto uso os milhares de referências que venho mentalmente colectando ao longo destes anos de existência e de interesses vários que tenho mantido assim eu tenha tempo e vontade.

Isto, devaneios e uma mente que se mantém sã através do uso da racionalização, para dizer que me penitencio, mas só até certo ponto porque isso por vezes tende a magoar um pouco, por não ter sido muito assíduo na publicação de dizeres aqui no canto esquerdo do hemisfério que a fada verde do meu cérebro habita. – pelo menos esta semana! (aqui inadvertidamente rompi com todos os cânones das regras de escrita, mas agora sem o Saramago na equação alguém o tem de fazer ou podemos cair todos num abismo que sinceramente é melhor nem pensar – isto ou de facto de escrever tão mal me tenha levado a decidir que o melhor é ir com a corrente e não ligar peva às regras instituídas, porque a ignorância permite-nos fazer coisas fantásticas – n’est pas?)

Não tenho tido vontade de ver filmes e não tenho tido vontade de escrever sobre filmes. Dos filmes que tenho visto, poucos me dizem muito – logo sobre poucos teria algo para escrever. Como tenho repetido, até à exaustão, isto do cinema já não é o que era!

Não sei qual vai ser o futuro deste espaço, mas vou mantê-lo aberto para que de quando em vez, quando a fada verde que aqui habita queira ressurgir e aí soprar qualquer coisa que por algum acaso mirabolante acabe escrita num pedaço de editor de texto e venha para aqui onde, e temos que dizer isto com toda a propriedade, se come a melhor tarde de maçã dos 25 territórios limítrofes. Vão passando que por vezes pode haver alguma novidade.