segunda-feira, outubro 23, 2006

Lady in the water – Acredita numa história de crianças?

Realizado e escrito por M. Night Shyamalan, “Lady in the water” é um filme muito interessante, explorando o misticismo das fabulas e lendas passadas verbalmente entre gerações à beira da fogueira. Este mundo fantástico vem, no filme de Shyamaln, ao encontro da sociedade moderna, onde várias pessoas com diferentes bagagens culturais e diferentes vivências se deixam envolver numa busca interior pela felicidade e pela conquista suprema do bem sobre o mal, tendo por objectivo primordial salvar o mundo. O argumento é muito bom, havendo no entanto alguma falta de profundidade em certas sequências. Parece-me que o cenário do filme é um pouco minimalista perdendo o filme com a envolvencia; é, no entanto, possível que esta escolha de cenário seja consciente tentando trazer para primeiro plano a realidade mundana das personagens em contraponto com a realidade etérea das personagens ficcionadas. É no entanto um filme muito agradável que recomendo a todos. M. Night Shyamaln está a tornar-se dos realizadores mais interessantes e consistentes de Hollywood, um realizador/argumentista que vale a pena seguir.

terça-feira, outubro 03, 2006

Grouxo Marx – Histórias curtas e grossas

E porque o cinema não é só filmes mas também pessoas e vivências pessoais, aqui fica a referência a um livro cujos escritos são de um ícone de uma era. A era de ouro.
Para além de criar personagens cativantes ao ponto de se tornarem uma avalanche permanente de duplos significados, Marx, Groucho, também escrevia. Começou a faze-lo ainda como ilustre desconhecido, na altura em que o salário de uma semana mal cobria os gastos do quarto de hotel.
Histórias curtas e grossas é uma compilação de textos escritos por Groucho. Os textos são reflexões sobre a actualidade (à época) Americana, sobre o sentido das políticas, sobre a sociedade. Reflexões das quais um sentido critico carregado de jocosidade não pode ser alheado. O uso da comédia serve para tornar os textos mais poderosos e a critica mais acérrima. O facto de Groucho ser um actor de primeira linha ajudou à publicação dos textos por periódicos de excelência, permitindo-lhe expressar-se de uma forma abrangente na cultura social Americana dos anos 20 e 30 do século passado. Woody Allen disse que uma das razões pela qual vele a pena viver é pela existência de Groucho Marx. A verdade é que nunca se atinge o pleno de compreensão de um filme dos irmãos Marx apenas com uma visualização, a profundidade é demasiada.

Aqui fica a primeira referência a um livro pelo Addcritics, mas mais estão na calha…