domingo, novembro 21, 2010

Séraphine (2008)


Filme que me despertou o interesse aquando de uma ida as cinemas King, mas que apenas vi em DVD – Este já transitou para as prateleiras dos filmes vistos, fica lá com alguns dos monstros do cinema mundial e talvez daqui a uns dez anos encontre o caminho de volta ao meu leitor de DVDs. Gostei como invariavelmente acabo por gostar dos filmes Europeus que me obrigo a ver, mas este foi um quase completo Snoozefest. Os realizadores Europeus pecam naquilo em que os Americanos exageram – cinema comercial. Têm que impor um ritmo mais acelerados aos filmes, têm de os capacitar de ferramentas para terem uma base de aceitação, por parte do público, mais alargada.

Achei a fotografia e a composição cénica algo de muito bom neste filme, mas isso não é suficiente. Yolande Moreau é o filme, carrega sobre os seus ombros toda a intensidade dramática e ao mesmo tempo uma leveza que só as grandes actrizes conseguem imprimir num papel. Mas devo dizer que 80% das pessoas que conheço teriam parado o filme e ido embora, antes mesmo de este ter chegado à hora do intervalo.

Nota: 3/5 – pela composição de cenas.

Into the Wild (2007)




Hoje em dia já há muito poucos filmes de que eu goste. Há alguns que acho engraçados, alguns que até percebo qual o apelo que podem ter para os espectadores, há mesmo muito poucos filmes que eu aconselhe e muitos nunca deveriam ter entrado na sala de montagem. A maioria dos filmes cuspidos por Holywood é uma tridente usada. Mas, algumas vezes, aconselham-me filmes e de quando em vez acertam e eu gosto do filme. Gostei deste filme. E estou a gostar de ver o surgir de alguns realizadores de entre as fileiras de actores. Tinha visto o “The crossing Guard” (1995), também de Sean Penn, e este “Into the Wild” supera-o desde o segmento inicial, é um salto qualitativo bastante grande.

O filme parece um filme Europeu nalguns aspectos e surgem-me imagens de Wim Wenders na cabeça, mas isso sou eu e a minha demência galopante, em conversa comigo mesmo já me tinha dito por diversas vezes que teria de fazer algo a esse respeito. Farei, mas só lá para 1987!

O que gosto mais: A fotografia pela simplicidade e a escolha das paisagens, e o que para mim transforma o filme em algo mais do que banal – o trechos e citações literárias, bem como a escrita de Chris McCandless, assombrosa – muito boa mesmo. Tenho também de referir a excelente interpretação de Emile Hirsch – It takes a Great actor to recognise another Great actor.

BTW ouçam a banda sonora!


Nota: 4/5 – Mas deixemos de parte as lamechices do filme.