sexta-feira, abril 24, 2009

Gran Torino (2008)


Eastwood está-se a tornar um dos meus realizadores favoritos. Este Senhor não falha e em 2008 presenteou-nos, ainda, com outro grande filme - “Changeling”.

Finalmente, consegui ver este que foi, talvez, o filme que mais me foi aconselhado nos últimos tempos. Foi-me vendido como a história de um Dirty Harry reformado. Não achei que fosse assim, mas entendo a comparação. Walt Kawalski, é um homem marcado pelas memórias de guerra e de uma vida de dedicação ao trabalho, é um homem que nunca conseguiu criar laços de afecto com filhos e netos, e que encontra nos vizinhos uma nova família após a morte da sua esposa. Como é típico em filmes com esta premissa, o velho irascível torna-se cada vez menos irascível ate se tornar numa personagem com a qual o espectador cria laços afectivos.

Este foi escolhido por Clint para ser o seu último filme como actor, facto que torna todo o filme mais emocionante e o final ainda mais poético. A verdade é que pouco actores podiam trazer esta carga emocional ao filme, é preciso ter a carreira e o estatuto que neste momento apenas o Sr. Cinema tem. Clint consegue por mérito próprio evitar que este seja um filme banal. Algo, apenas ao alcance de alguns.

Nota:4/5 – Por Clint Eastwood e pela poesia que este filme encerra.

quinta-feira, abril 23, 2009

Scream (1996)


Não sou um bom espectador de filmes de terror, porque normalmente não gosto dos filmes. Mas este filme e, suspeito, todos os filmes de Slashers não são filmes de terror, são filmes de suspense e acção.

Este filme é um típico filme de adolescentes em que existe um assassino à solta. Segue a fórmula deste formato e funciona. É agradável, vê-se muito bem e triunfa ao chacotear o género usando a fórmula de um modo particular.

É divertido mas pouco mais do que isso. Marcou uma geração e abriu as portas aos spoof movies e por isso deve ser visto. Até porque aqueles de nós que gostam de cinema devem ter presentes o maior número possível de referências, e este é uma referência do género Slasher.

Nota: 3/5

quarta-feira, abril 22, 2009

The Prestige (2006)


Caríssimos leitores. Sim, hoje o texto é para vocês os três e vem em jeito de recomendação/ordem. Quem não viu o “The Prestige”, vá ver. Não apenas por ser de Christopher Nolan, mas por ser um filme do catano.

Vi este filme há cerca de dois anos e meio, e revi-o agora em dvd, se por ventura existisse qualquer réstia de dúvida no meu ser sobre a qualidade desta obra, ela foi completamente pulverizada. É o tipo de filme que tem no argumento a sua arma principal, belíssimo argumento, mas que sem um realizador competente aos comandos podia resultar num filme escabroso. É interessante, é intenso e está bem feito. Pode-se pedir muito mais do que isto?

Parece que daqui a mais dois anos e meios vou ter de rever esta obra.
Vá lá, vão lá ver o filmito, porque sem dúvida que serão duas horas muito bem passadas. Eu só tenho pena de já o ter visto porque gostava de o ver outra vez pela primeira vez.

Nota: 4,5/5



terça-feira, abril 21, 2009

The Lost Boys (1987)


Não, não tem a ver com o Peter Pan. O único ponto de contacto é o facto de algumas personagens deste filme não envelhecerem e de voarem. Mas não temos piratas nem crocodilos com despertadores na barriga, e muito menos fadinhas do tamanho de polegares.

Imaginem o “The Goonies” (1985) (mítico, mítico, mítico – a minha geração não teve Woodstock mas viveu durante as 435 reposições deste filme) mas com adolescentes e com zombies, e têm o “The Lost Boys”. É um típico filme comédia/aventura dos anos 80 e é bastante bom (dentro do género e pensando na nostalgia que estes filmes me trazem). A mim as comédias e filmes de aventuras dos anos 80 agradam-me particularmente. Cresci a ver este tipo de filmes, porque eram os filmes que rodavam repetidas vezes nos canais nacionais.

Mas este filme por um motivo ou outro passou-me ao lado. Situação bem corrigida agora com a minha edição especial de 2 discos.

Para quem gosta dos filmes dos anos 80 é um must see.



Nota: 3,5/5 – dei 0,5 a mais só pela saudade que tinha deste tipo de filmes.

segunda-feira, abril 20, 2009

Mon Oncle (1958)


Um filme de, e com, Jacques Tati mais uma vez no papel de Monsieur Hulot, mostra que a modernidade não traz felicidade (hem! Rimou e tudo, hoje vou com embalo e inspiração).

É um filme fabuloso! Andava com vontade de ver este filme há uns anos, tinha dele muito boas referências, mas nunca o tinha visto. Finalmente consegui comprar uma edição nacional deste filme e vi-o assim que tive um tempinho extra para depender. E que maravilha de filme. É totalmente diferente daquilo que estava à espera. É completamente fresco e uma novidade para mim em termos criativos, um filme intemporal e brilhante (por isso figura no top 10 de muitas pessoinhas).

O filme apresenta-nos a dualidade entre o mundo industrial e estilo de vida pós-moderno, que esteve em voga nos anos 50, e a vida mais tradicional sem formalismos e carregada de afabilidade. Esta diferença é reforçada pela música animada que segue os acontecimentos do quotidiano menos formal, e o silêncio pontuado apenas pelo som de equipamentos vários que estabelecem o tom de uma vida formal sem cor. Monsieur Hulot é um personagem típica do cinema mudo de comédia física preso num filme sonoro a cores e que vagueia livremente entre um mundo que lhe é querido e um mundo estranho e sobretudo pouco prático.


Este filme vai lá para o topo ficar pertinho dos filmes que me são mais queridos. Vejam que é um Ganda filme, e um filme corajoso (por ser tão diferente).


Nota: 4,5/5

quinta-feira, abril 16, 2009

The Wasp Woman (1959)


Fui, num pulinho, à Cinemateca ver este filme, comercialmente inédito em Portugal, numa cópia de 16mm a preto e branco. Perguntar-me-ão porque raio fui eu ver este filme?

Fui ver, porque toda esta subcultura de filmes série B e Sci-Fi Americano manhoso me passa um bocado ao lado e mal não faz. A verdade é que este género de cinema sempre me atraiu porque os posters destes filmes são fabulosos. Aparentemente Roger Corman, realizador e produtor deste e de centenas de filmes, é um Deus deste género. Publicou mesmo um livro intitulado “How I Made A Hundred Movies In Hollywood And Never Lost A Dime” entre muitos outros livros e guias sobre como fazer um filme. Como disse, um Deus do género.

Então, sabendo o que me esperava fui apenas com a expectativa de me divertir, e foi o que aconteceu. Eu e o resto da audiência rimo-nos e divertimo-nos durante o filme, o que é meio caminho para o sucesso de um filme. Só assim se explica o actual sucesso de editoras como a Troma.

Nota: 2/5 – Mas interessa pouco porque é um pedaço interessante de cultura dos 50s.
P.S. Só agora me apercebi que possuo um filme deste senhor, “Little Shop of Horrors” (1960) com o mui jovem Jack Nicholson, e que mereceu um remake em 1986 por Frank Oz.


P.S.2 – Acho que vou começar a adquirir alguns filmes deste género, poucos!

sábado, abril 11, 2009

The Commitments (1991) – “The World’s hardest working band”


Tinha este DVD na prateleira há uns meses sem o abrir e decidi, finalmente, vê-lo.

A minha relação com este filme era algo estranha porque embora nunca o tivesse visto completamente, tinha dele imagens muito fortes na minha memória. Imagens que me garantiam a qualidade do filme, e que me levaram a compra-lo. E estava certo o filme é muito bom, gostei mesmo muito de o ter visto e agora já posso colocar o dvd num lugar de destaque na minha modesta dvdteca.

Realizado por Alan Parker, “The Commitments” conta-nos a história de um grupo de jovens que em Dublin dos anos 80 decide criar uma banda Soul. O filme ensina-nos a lidar com dificuldades, e percebemos que se houver pelo menos uma parte da vida pela qual se anseie, tudo parece melhor e encontramos aí onde nos agarrar. O filme faz ainda uma coisa muito dificil, harmoniza as contribuições de um elenco bastante vasto, em que cada um contribui exactamente como deveria para a trama. É um atípico filme de música.


Só mais uma nota que me parece relevante, Andrew Strong o actor que interpreta o vocalista principal e sobre o qual no filme se proferem estas palavras - "a voice that Bob Geldof would starve for" – tinha apenas 16 anos quando se iniciaram as filmagens. Impressionante.

Nota: 4/5

quarta-feira, abril 08, 2009

Exorcismo # 5

The Full Monty (1997)


Vi recentemente o fantástico “The Commitments” (1991) e este filme relembrou-me o não menos fantástico “The Full Monty”. Estes dois filmes têm o mesmo ambiente baseiam-se na classe operária pobre do Reino Unido. It’s all very 80s!

O filme de Cattaneo é uma comédia muito bem feita em que as personagens são muito bem construídas e com as quais criamos uma relação de empatia e de simpatia. A música de Donna

Summer é um marco do filme que nos contagia.

Já o visionei duas vezes completo e mais cedo ou mais tarde terei de o revisionar...
Visionem este que leva selo de garantia AddCritics (não tem valor facial mas tem cultural).

terça-feira, abril 07, 2009

A compra da semana


Já não referia aqui compras há algum tempo. Tenho optado por mostrar apenas as coisas mais importantes, e o que mostro aqui hoje é importante.

Vindo de avião trazido por um amigo, chegou-me hoje um belo caixote de DVDs. Foi adquirido nas terras de sua Majestade, estou tão feliz que era capaz de lhe dar um beijo. Sim, porque já todos percebemos que o protocolo é para meninos e que o podemos mandar às urtigas que não há linchamento público para ninguém.

O que me chegou foi um pack muito jeitoso com nove dos primeiros filmes do Mestre Cock, “Early Hitchcock Collection”, 4 mudos e 5 talkies. Esta colecção vem aumentar para 25 o número de filmes que eu possuo do grande Hitch.

Estou ansioso para perceber como Hitch se adaptou ao novo formato dos talkies e como conseguiu evoluir com todas as novas oportunidades que surgiram. Hitchcock é um realizador tão fabuloso que mesmo tendo feito a maioria da sua carreira com filmes sonoros, era já considerado um mestre do suspense na era dos filmes mudos.

quarta-feira, abril 01, 2009

Vamos exorcizar ainda outra vez?


Estive em Paris e em Paris recordei-me de quando estive em Londres. Todas estas recordações deram-me uma vontade enorme de ver um clássico guilty pleasure. Não via este filme há alguns anos (pelo menos uma meia dúzia deles), e alguns cenários Parisienses trouxeram-me imagens dele. Não, não é “An American in Paris” se bem que podia ser.

Exorcismo # 4

European Vacation (1985)


Filme de comédia dos anos 80, há alguma coisa melhor?
Seguimos a família Griswold num périplo Europeu. Como sempre Clark torna a viagem um pouco mais atribulada do que se imaginaria. Um clássico que resistiu ao teste do tempo e que para mim é um velho amigo. Tenho-o na minha colecção de DVD, e agora que o revi ainda estou mais contente de o ter.

Nota: 4/5 só porque a mim me dá gozo vê-lo.