segunda-feira, junho 30, 2008

Bananas (1971)




Woody Allen é um génio isso todos sabemos. Mas ver este filme é um deleite porque bebe influências claras de Groucho Marx (outro génio).

Devido a uma cascata de acontecimentos caricatos o personagem principal vê-se líder de um pequeno país da América Latina que lidera os rankings em termos de Hérnias e que tem nas bananas a sua maior produção. Há como sempre uma relação amorosa tumultuosa que se caracteriza pela inverosimilhança e pelo apetite sexual da personagem de Woody. No fim tudo termina bem num relato pioneiro de uma lua de mel, que de certo modo lembra uma das cenas do “The Meaning of Life” (1983) dos Monty Python.

Se gostam de ver o estilo inconfundível de Woody com partes da interpretação frenética característica de Groucho, não percam este filme. Até porque tem partes absurdas, e o que é a comédia senão um conjunto de absurdos?

P.s. – Acontece aqui uma das coisas mais inesperadas no cinema, o Sylvester Stallone entra no filme…Quem diria, hem?

sexta-feira, junho 27, 2008

Num concerto…

Estava tão entretido ou tão pouco que comecei a pensar na pior situação possível num concerto, cheguei a duas conclusões.

As piores situações possíveis num concerto:

- Ir a um concerto de Prododgy de chinelos

- Ir a um concerto de Cradle of Filth sem as vacinas em dia

quarta-feira, junho 18, 2008

Quiz Show (1994)




O Natal é quando o Homem quiser, ou então aparece-nos quando se observa algo que nos dá um genuíno sentimento de prazer.

Ora eu tive um destes sentimentos ao ver Martin Scorsese actuar neste filme, este era um desejo meu, ver Marty num filme. Estranho é ter conseguido isto num filme de Robert Redford que comprei sem saber que Marty entrava. A personagem que interpreta chama-se Martin, e um dos pontos-chave do filme anda em torno do filme Marty (1955). Se isto não é uma homenagem não sei o que será.

Tirando este pequeno prazer, o filme é bastante bom. A compra não foi totalmente cega, porque tinha ideia de já ter visto partes do filme e de ter gostado, Valeu totalmente os 3€ que dei pelo filme e pelas duas horas de entretenimento que me proporcionou. E como o tenho posso repetir esta experiência as vezes que bem me aprouver. Ah pois é, bebé!

P.S. Ainda que só para uma parte de mim (a que se alheia do mundo) hoje foi Natal.

The Cotton Club (1984)



Querem ver como alguns actores já foram genuinamente jovens?

Este é o Dvd que mais me fazia salivar, e parece que alguém muito especial mo ofereceu, obrigado, obrigado, muito obrigado. Vai ficar muito bem junto aos: Robin and the 7 Hoods (1964), The Godfather trilogy (1972-1990), Goodfellas (1990) e Casino (1995).

O que me atraiu para este filme foi em primeiro lugar o realizador, em segundo lugar a ligação do sub-mundo do crime e da cultura Jazz, tudo isto se completa perfeitamente na sociedade dos anos 20 nos Estados Unidos da América. Este filme trata de muitas coisas e de muitas pessoas e conta com interpretações fortes de um elenco equilibrado e vasto, com muitos papéis secundários importantes. Para mim pessoalmente foi um regozijo ver Gregory Hines (gosto mesmo deste tipo) e ainda mais prazer me deu ver o seu irmão Maurice Hines fazer parelha com ele no filme. Este filme tinha de ser realizado por Coppola, só Coppola consegue contar uma estória desta forma envolvente sem nos facultar toda a informação, em que tem de ser o espectador a descortinar como determinados eventos ocorreram (sublime, é o mesmo que acontece na trilogia do Padrinho). A música, a dança, a canção, a interpretação…têm todos um papel de destaque na película.

quinta-feira, junho 12, 2008

Extras




Ontem acabei de ver a segunda série do Extras e tenho que dizer uma coisa:

All hail Ricky Gervais e Stephen Merchant!

Esta é uma série brilhante, que proporciona muito entretenimento. Sinceramente achei a segunda série de Extras melhor que aprimeira. Estes 6 episódios aproximam-se muito ao brilhantismo do “The Office”. O que eu gostava que estas séries tivessem mais episódios (mas com a mesma qualidade, nada dessa história de fazer uma série com 22 episódios em só 2 ou 3 três são realmente muito bons).

Estes dois senhores criam mitos, ícones televisivos e o seu estilo de comédia foi uma quebra e um salto em frente, como em tudo a evolução dá-se por saltos evolutivos e foi o que estes senhores fizeram. Conseguiram atingir o novo patamar do humor, é o equivalente a observarmos uma especiação in loco, excitante e enriquecedor.

quarta-feira, junho 11, 2008

O pragmatismo começa a imperar na altura de escolher o que ver!

A oferta é tanta e tão diversa que muito sinceramente tem que se escolher. Ninguém consegue de facto estar actualizado. O cinema e a produção televisiva têm uma pujança tal que actualmente só se consegue estar actualizado se se fizer 10 horas de visionamento por dia, o que é claramente limitado por dois motivos: primeiro porque temos de trabalhar, e em segundo lugar porque um regime tão intensivo e que obriga a uma clausura prejudica gravemente a saudinha, apanhar sol ainda tem uma importância que não se deve descurar.

Ver umas coisas é bom, é divertido e tem uma função cultural, mas meus amigos saiam, passeiem e vão à praia que se vão sentir melhor.

Num blogue direccionado para o cinema e para o dvd, é um risco fazer um post destes, devo ter apanhado muito sol na moleirinha! E que bom que foi. Assim com assim quase ninguém lê isto.

Cumprimentos e não se percam em filas para abastecer o carro com combustível (já ninguém anda a pé? – eu não ando, mas os outros podiam andar.).
Agora com a febre do Euro apercebi-me que temos um jogador novo do qual todas as pessoas falam e que eu desconhecia, o Rónaldo.

Alguém explique a esta gente que Ronaldo acentua-se na segunda sílaba e não na primeira!

segunda-feira, junho 09, 2008

Não sou poeta e a poesia não tem que rimar, mas…

À medida que o tempo aquece
O Al Gore Enriquece

sexta-feira, junho 06, 2008

Filmes que eu estou muito muito interessado em ver!


Em primeiro lugar os recentes:

No Country for Old Men (2007) – Gosto dos Coen, gosto do Bardem.

There Will be Blood (2007) – Gosto do P.T. Anderson, gosto do D.D-Lewis

Juno (2007) – Dizem-me que é um excelente filme para fazer par com o Little Miss Sunshine (2006) que é muito bom.

The Darjeeling Limited (2007) – É só ler um dos posts em baixo.

Death Proof (2007) – Tarantino, não há como errar.

Planet Terror (2007) – Rodriguez rules

Em segundo os filmes mais antigos que me andam a apetecer:

Os filmes do Kevin Smith – Depois de ver o Chasing Amy (1997) tenho de ver os mais icónicos deste realizador, Clercks (1994) e Mallrats (1995) e um sobre as duas personagens que mais aprecio neste universo – Jay and Silent Bob Strike Back (2001).

Dick Tracy (1990) – Sendo o Sin City (2005) um dos meus filmes favoritos, e sendo este um dos seus precursores, tenho mesmo de o ver. Para além disso tem um elenco assombroso.

Total Recall (1990) – Já vi este filme várias vezes mas já não me recordo de tudo. No entanto lembro-me que aparece uma prostituta com três seios, não posso deixar passar um filme destes. E já agora, a intelectualidade das pessoas que se dizem apreciadores de BONS filmes impede-as de exprimir apreço por filme com o Schwarzenegger, senhores há que ser eclético nos gosto para poder apreciar tudo o que vimos com uma base mais alargada de conhecimento e influências.

Labyrinth (1986) – É do fantástico, humm se calhar vou gostar! Para além disso o camaleão é o actor principal.

Blade Runner (1982) – Vi-o uma vez e pelos pedaços que tenho visto dele tenho de o ver de novo.

Enther the dragon (1973) – Bruce Lee! É sempre bom ver uma carga de pancada ao som de gritos estridentes.

E agora algo que não é cinema, é televisão e é televisão para crianças, ainda por cima!!

The Gummi Bears (1985-1991) – Vi alguns episódios desta série animada no saudoso programa Club Disney. Sempre tive recordações destes desenhos, ainda tenho e gostava de ver alguns episódios de novo.

Wacky Races (1968-1970) – Adorava estes desenhos animados, quero revê-los. Magistral.

quinta-feira, junho 05, 2008

Being There (1979)

Este filme despertou-me o interesse apenas com uma fotografia. Adorei é um filme muito bom.

Vou dizer apenas isto - Sublime.


terça-feira, junho 03, 2008

Rushmore (1998)



O facto de eu achar que Wes Andersen é um dos melhores realizadores do momento, fez-me comprar este filme (isto torna-o o segundo filme de Wes na minha colecção, o primeiro foi o “Life Aquatic with Steve Zissou” (2004)).

Anderson apresenta-nos sempre filmes muito bem feitos, muito bem filmados, muito interessantes e com uma estética perfeitamente actual; muito importante é o uso exímio da música. Neste filme, o seu segundo, esta visão alternativa do modo de olhar através de uma câmara já se nota; não é um filme tão perfeito e tão interessante como os que se seguiram, mas é de facto um filme muito bom em que as emoções são expressadas de uma forma peculiar e característica, daqui o porquê de Bill Murray se adaptar brilhantemente a estes filmes. Bill Murray define um estilo de representação que nalguns pontos parece beber influências de Buster Keaton e aperfeiçoou-o de tal forma que hoje já tem sentido dizer – este papel é um típico Bill Murray, ou dizer – este tipo de interpretações provem da escola Bill Murray. Podemos claramente ver uma sequência crescente desde os “Ghostbusters” (1984) até “Broken Flowers” (2005). Os papeis variam mas a interpretação é sempre igual, o que neste caso não devemos considerar como algo que diminua a genialidade das interpretações. É basicamente sempre a mesma coisa, mas é sempre genial. Entra o Bill então sabemos que o filme vai ter pelo menos uma parte boa – ele.

Bem, desviei-me um pouco do tema central que é “Rushmore”; é um bom filme onde se exploram relações interpessoais de amor, paixão, amizade, conforto e familiares. Em relação aos seus filmes posteriores, nota-se que o realizador ainda estava um pouco verde e que teve uma capacidade fantástica de evolução. Apreciei, espero que vocês também.

segunda-feira, junho 02, 2008

Isto está incorrecto

Parece que temos mais um…

No filme Rushmore (1998) do grande Wes Anderson alguém diz a Max Fischer o seguinte:

Mr. Guggenheim had a stroke.

Tradução: O Sr. Guggenheim teve uma congestão.

Sem comentários…

domingo, junho 01, 2008

Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull (2008)

Há quem adore o cheiro de Napalm pela manhã. Eu, pessoalmente gosto de filmes do Indiana Jones, seja onde for, no cinema ou em casa. Gosto e pronto.

Este foi um dos filmes mais aguardados do ano, não só por cinéfilos, mas também por todos os que cresceram com estes filmes. Devo ter visto a trilogia original vezes sem conta. Como diz a canção …time and time again…! Ia com expectativas muito altas e como não o vi em dia de estreia fiz os possíveis para passar ao lado das críticas que sinceramente me andavam a perseguir. E não foi fácil porque entre colegas que já o tinham visto e as criticas que estavam sempre a aparecer nos sítios da net que frequento, estava a tornar-se complicado.

Gostei do filme, não dei pelo passar do tempo (o que é bom) e fiquei chateado comó araças quando a meio de uma cena de acção desaba um intervalo de 7 minutos. Meus caros senhores, não se interrompe um Indy,é apenas uma daquelas coisas que não se faz, mais atençãozinha da próximas vez! OK?

Onde é que ia? Ah! Gostei do filme, gostei da sensação que o filme me transmitiu e achei que a ligação aos filmes anteriores foi bem conseguida. Gostei até da forma como foi encarado o envelhecimento da personagem. Agora não gostei de tudo do filme, para já fiquei um pouco desiludido com a interpretação de Cate Blanchett, que sem estar mal não deslumbrou (atenção que acho esta uma das melhores actrizes da actualidade), a cena das lianas à la Tarzan era dispensável, bem como a explosão nuclear (o ano em que o filme se passava era suficiente para nos colocar no centro da guerra fria) que nada, nada, veio trazer de novo ao filme, o casamento é uma maneira de fechar o ciclo que não me pareceu ter funcionado da melhor maneira. Agora o que me pareceu mesmo excessivo foi o final da aventura com a nave espacial e tudo mais, para mim tinha tudo sido melhor com uma simples restituição do crânio, e pronto.

Agora quero só discutir um pouco sobre uns pontos que vi referidos na net em relação à inverosimilhança deste filme:

ETs – Em todos os filmes anteriores, os artefactos procurados tinham algo de místico. Dois deles, a arca da aliança e o cálice sagrado estavam directamente relacionados com religião. Neste filme também o artefacto é místico e também está relacionado com reliagião. Agora, na nossa matriz Judaica-Cristã estamos habituados a associar Deus a uma qualquer representação Etérea e não a seres físicos. Para a civilização em questão, os ETs eram os seus Deuses (vários seres uma única consciência, até parece um pouco o mistério da santíssima trindade). Portanto não fugiu muito à temática dos outros filmes.

Quedas de água – Este é um pouco estranho, porque para quem realmente gosta dos filmes anteriores e aceitou coisas como três pessoas atirarem-se de um avião em pelo voo num barco salva-vidas insuflável que se insufla já em queda livre, parece-me no mínimo estranho não aceitar três quedas de água.

Temos que pensar que todos estávamos com medo de termos as expectativas logradas e procurámos qualquer defeito para apontar. Houve algumas falhas no argumento, alguma incoerência, mas como todo o espírito foi restabelecido, a ligação aos outros filmes foi cuidada e sobretudo pelo grande prazer que me deu ir pela primeira vez a uma sala de cinema ver um Indiana Jones, gostei muito do filme e recomendo, mesmo para quem não goste da série (embora duvide que exista alguém).