quarta-feira, junho 17, 2009

Monserrate


Não é um ensaio fotográfico nem mesmo um exercício de representação de realidades alternativas, mas fui aos jardins do palácio de Monserrate e isto foi o que saiu. No sítio do costume estão lá mais momentos.

terça-feira, junho 16, 2009

Angels and Demons (2009)



Quero declarar uma coisa, e vamos considerar este o ponto de partida. Não li o livro.

Posto isto, tenho a dizer que esta temática é sem dúvida uma das minhas preferidas. Os segredos da igreja, a religião e o seu papel histórico, o modo como o catolicismo lida com os seus demónios, são assuntos que me atraem. Daí o meu gosto por filmes como "The Name of the Rose" (se bem que aqui há muito mais que me faz gostar deste filme), "Stigmata" e até mesmo "The Ninth Gate".

Gostei de ver o filme, e gostei muito mais de ver este filme do que a Part I - a.k.a. "The Da Vinci Code". O enredo foi construído como se tratasse de um policial de acção, mas quando se pensa bem no que ali foi retratado percebe-se que a verosimilhança foi posta de parte e que o que inicialmente fora bem construído foi desconstruído de forma previsível. Embora Ron Howard tenha filmes que eu aprecio muito, um exemplo flagrante é o "A Beautiful Mind", não foi o realizador certo para estes filmes. É muito certinho, muito tradicional, e estas histórias podiam ter sido aproveitadas de outra forma e se o fossem podiam perfeitamente ser excelentes filmes. Assim sendo, o primeiro é pouco mais que mau e este é pouco mais que banal.

Nota: 3/5 - Mas mesmo assim gostei de o ver e dou por bem empregue o dinheiro do bilhete de cinema.

P.S. Fiquei ainda com mais vontade de passar uns dias em Roma.

segunda-feira, junho 15, 2009

Primal Fear (1996)


Espera! Não é este o filme com a música da Dulce Pontes?
É pois!
Vi este filme há largos anos (sempre gostei desta expressão, é muito caricata) na televisão, e fiquei de tal forma impressionado que o procurei insistentemente quando comecei a minha demanda por DVDs. Não o encontrei em lado nenhum até que, passados uns anos, ao passear numa grande loja encontrei uma edição do tempo da outra senhora (2001) deste filme. Lá o trouxe para casa onde esteve a estagiar em prateleira de carvalho francês durante 18 meses. Revi-o ontem e posso dizer que gostei, mesmo sem o efeito surpresa de quem o vê pela primeira vez, gostei muito de ver Edward Norton numa representação majestosa que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor actor secundário.
Aconselho este filme que é essencial na filmografia de Norton, um dos meus actores favoritos.
Nota:4/5

terça-feira, junho 09, 2009

Subvalorizados.2

Lembrei-me de mais uns filmitos, ora vejam.

American Splendor (2003) – Muito subvalorizado, raramente se ouve ou vê referências a este que é um dos BioPic mais imaginativos de sempre. Nunca a realidade e a ficção se entrecruzaram de forma tão brilhante. Adoro este filme em que Giamatti se supera e se transforma em Harvey Pekar, o criador da BD “American Splendor”.

The General (1926) – O filme que Orson Wells, o homem mítico por de trás da “Guerra dos Mundos” versão radiofónica, considerou como o melhor filme de comédia de sempre. As opiniões de Wells não devem ser menosprezadas, digo eu! Este filme é mesmo muito bom, mas já falei dele por aqui, não é tanto um filme subvalorizado é mais um filme desconhecido das massas. Vejam e lembrem-se que tem mais de 80 anos e que foi feito numa altura em que não havia, ou havia poucos, efeitos especiais, e que teve a cena mais cara da história do cinema até à altura. A expressão facial de Buster Keaton é impagável.

Gangs of New York (2002) – Por algum motivo este filme de Scorsese é olhado com algum desdém. Entendo que por vezes possa ser um pouco lento e algo longo, mas considero que é um bom filme, com uma brilhante recriação de uma época/situação histórica raramente recriada no cinema.

HOJE: amália hoje

Porque felizmente me interesso por mais do que uma vertente cultural aqui vai uma recomendação fortíssima.

Chegou-me às mãos esta semana o cd de tributo a Amália, HOJE: amália hoje. E é muito bom, do melhor que tenho visto e ouvido. É um quebrar de barreiras e apresentar canções que antes trajavam fado e agora passam a trajar Pop, mas um pop internacional, como já o eram as músicas no seu formato mais convencional. Nuno Gonçalves produz este disco e prova ser um dos melhores produtores nacionais, ele consegue que as músicas se tornem envolventes e que o disco tenha uma personalidade forte, mostrando uma coerência e ao mesmo tempo uma abrangência paradoxais mas brilhantemente conseguidas. Os intérpretes também conseguem aumentar esta ambiência dando um cunho muito particular a cada música. Resta aqui referi-los: Fernando Ribeiro, Paulo Graça e Sónia Tavares. Recomendo esta reinvenção de algo que segundo Nuno Gonçalves já era Pop de uma diva que diz ser muito mais do que fado.

quarta-feira, junho 03, 2009

Filmes Subvalorizados

Olá senhores do pato azul!
Aqui o pasquim tem andado um pouco abandonado, tenho no entanto uma boa explicação. Tive umas semanas muito interessantes de trabalho, muito estimulantes mas extenuantes. Três coisas acontecem em semanas assim, fico sem tempo para ver filmes, passo o tempo a pensar noutras coisas e fico de tal modo cansado que só penso em dormir.
Por isso não tenho visto filmes, mas tenho andado a matutar numa coisa – Filmes que são subvalorizados. Há filmes que são muito bons e que pura e simplesmente são desconhecidos, há outros que são bons mas que por algum motivo não são lembrados com a frequência que mereciam e ainda filmes que todos reconhecem ser muito bons mas que por algum motivo caem facilmente no esquecimento.
Cá estou eu para vos avivar a memória e para vos dar a conhecer filmes excelentes mas que estranhamente são subvalorizados. Vamos a isto? Vamos pois, que para a frente...vocês sabem o resto.
The Name of the Rose (1986) – É o meu filme preferido de sempre, é absolutamente fabuloso. Não conheço mesmo ninguém que não goste dele. Mas é pouco falado é pouco discutido e no entanto deveria ser visto, revisto, trivisto, porque é um dos melhores filmes da história do cinema.
Trainspotting (1996) – Este filme é excelente, supera em muito o novo filme de Boyle. É tudo bem feito neste filme, o elenco é excelente a musica assenta-lhe na perfeição e a trama é do melhor que se tem visto.
Basquiat (1996) – Parece que 96 foi uma boa colheita. Este é outro dos meus filmes preferidos de sempre e aquele a que o estatuto de 7ª arte melhor se adequa. Tem uma estética muito própria com uma banda sonora diferente do habitual, mas que nos ajuda muito a perceber o ritmo do filme. Com um elenco fabuloso Schnabel arranca de Jeffrey Wright a melhor interpretação da sua carreira.
Chariots of Fire (1981) – Este filme é duplamente gigante. Se o filme é excelente, a banda sonora não lhe fica atrás e é só por si uma obra brilhante, que valeu o Óscar a Vangelis. Quero correr na praia com o vento na cara e a água nos pés.
Stigmata (1999) – Vi este filme pela primeira vez em 2000/2001 de um trago sem intervalos e de boca aberta. Só voltei a tomar consciência do meio que rodeava quando o filme acabou. Poucas vezes teve um filme tamanho efeito em mim.

Aqui ficam alguns de que me lembrei, outros virão certamente. Fiquem bem que agora os patos já são esverdeados.