sábado, dezembro 29, 2007

Weeds (2005)

Caríssimos preparem-se para uma viagem alucinante…

Pois é este é o primeiro comentário vídeo do blogue (vamos ver se depois haverá mais). O que é que me passou pela cabeça para fazer este vídeo? Não sei, talvez o gel para o cabelo que pus hoje, claramente já tinha expirado o prazo de validade.

É o primeiro por isso não há aqui muita experimentação. Coisas mais loucas se seguirão.

Vejam e comentem…

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Best christmas movies

Olá senhoras e senhores leitores. Parece que não há uma conversa ultimamente em que não se fale de Natal. Então como não tenho outro assunto de conversa cá vai disto.

Filmes que todos nós estamos habituados a ver no Natal, mas que nada (ou muito pouco) têm a ver com o Natal:

Somos bombardeados com alguns filmes que de natalício não têm nada, mas a verdade é que alguns deles dão-nos uma sensação de conforto, mais que não seja porque alguns são maiores que o Natal do Hospitais. Por falar nisso não vi o NDH este ano. Alguém gravou e mo pode emprestar?

The Ten Commandements (1956) – Gosto muito deste filme mas sejamos sinceros, Cristo nem era nascido na época retratada.
Ben-hur (1959) – Ok neste Cristo já tinha nascido e até aparece no filme. Mas aparecer 2 minutos num filme de 212 não o transforma num filme de Natal.
The Sound of Music (1965) – O mais clássico de todos os filmes de Natal para as estações de televisão nacionais, nada interessa que de Natal não tenha nada. Mas no fundo gostamos de ver a Julie Andrews e as suas crias a cantar pelas colinas Austríacas.

Os Clássicos de todos os tempos:

Estes dois são os filmes que têm as raízes mais profundas no imaginário colectivo. Embora eu nunca os tenha visto (que miséria)

Its a Wonderful Life (1946) – Para muitos actores de Hollywood o filme preferido de Natal.
Dr. Seuss – How the Grinch stole Christmas (1966) – Para além de tudo o resto um filme com a voz de Boris Karlof tem de ser muito bom…

Filmes de Natal que vale mesmo a pena ver:

The Nightmare Before Christmas (1993) – Para alguns é mais um filme de Halloween, não discuto, mas tem muito a ver com o Natal (o título foi a primeira pista).
Home Alone (1990) – Este passa sempre. Este ano já o vi na televisão (confere). Que magnifico filme de Natal
Christmas Vacation (1989) – Vi esta cassete VHS até à exaustão. Comédia típica e clássica, mas mesmo assim é tão bom ver um filme despretensioso.
Gremlins (1984) – Tive este filme em mira porque quando era miúdo gostava muito dele. Só há pouco tempo me foi relembrado (http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/) que era um filme de Natal.
Especiais de Natal de comédia da BBC – até porque os senhores precebem de comédia

Filmes que não têm directamente a ver com o Natal mas que eu adoro ver nesta época:

Chitty chitty Bang bang (1968) – não é frequente ver-se este filme na televisão, mas é pena.
The Goonies (1985) – este por outro lado é transmitido umas 3 vezes por ano. Eu continuo a gostar.

Na lista falta um filme recente do qual já estou farto porque lá nos calha todos os santos Natais, sempre, sempre: Love actually (2003). Este aposto consigo que vai passar nas televisões nacionais. A única dúvida é: quantas vezes e em quantos canais.

P.S. – Para quem gosta de acção lembro que Die Hard (1988) e que Rambo – First Blood (1982) têm a trama a decorrer durante esta época. Não acreditam? Vão lá ver.

P.S.2 – Uma vez que tudo o que tenha a ver com Cristo é elegível para transmissão será que alguém tem coragem de mostrar a orgia de sangue que é The Passion of the Christ (2004) no final da tarde de dia 24? Hem?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Prendas de Natal

Encontramo-nos mais uma vez, e ainda bem, na data Feliz e da família que é o consumismo do Natal. Andamos todos a dar voltas à cabeça com as prendas para a tia, para a avó, para a amiga, para a namorada, para o pai e para todas as pessoas que embora não gostemos temos que dar prenda porque elas também nos dão. Estas ultimas são um verdadeiro flagelo porque o que nos oferecem é mau, tão mau que nunca na vida iremos dar utilidade aquilo e só as tiramos do fundo da última gaveta quando essa pessoa nos vem visitar. Aí sim, ai que bem que fica a boneca de loiça preta com pormenores em dourado que deu a tia do meu pai em 1999 em cima do móvel da sala, assim bem no centro para se ver melhor.

Há no entanto prendas tipo que sabemos ser ideais para tipos de pessoas ou tipos de situações. Temos por exemplo:

O livro – provavelmente a mais clássica das prendas, adequa-se igualmente bem a Natais e a aniversários. No entanto no acto de oferecer um livro há gradações, há livros que caem bem consoante o objectivo da prenda. Se quisermos parecer cultos, podemos oferecer um clássico um Hemingway, ou então Camilo Castelo Branco, Saramago ou um qualquer prémio Nobel também são muito bem aceites. Neste momento é completamente inaceitável oferecer-se um livro de Fernando Pessoa ou de qualquer um dos seus 37 heterónimos porque em Portugal todas as pessoas têm pelo menos 3 edições de cada livro escrito por este senhor (é um dos flagelos de que ninguém fala, quem é que pega nisto, hem?). Podemos ainda oferecer um livro de um escritor estrangeiro contemporâneo desconhecido e dizer algo como – “Já li todos os outros livros deste autor e achei que eram mesmo o teu estilo, este é o mais recente!” – assim o visado fica com a sensação que vocês lêem bastante e que escolheram aquele livro propositadamente para ele (o que de facto é mentira escolheram o que tinha a capa mais bonita e era mais em conta). Temos ainda os livros da moda que aparecem todos os Natais e que se vedem comó caraças e que invariavelmente todos nós compramos (estes acarretam uma chatice adicional, por norma são mais carotes) – dou como exemplo o facto de há uns Natais os livros de Dan Brown serem compra obrigatória, quem nunca comprou um livro de Joanne Harris, sobretudo o “Chocolate”? Com um livro podemos ainda tentar impressionar uma amiga que queremos que seja especial, até porque nos tempos que correm e com a dificuldade de encontrar raparigas mais interessadas em cultura do que em unhas de gel, e só vamos conseguir que ela aumente a quantidade de palavras impressas que possui mas que não leu, só a impressionamos porque aumentar-lhe a cultura…chapéu! No fundo é uma prenda estúpida porque como se sabe ninguém lê – e esta é uma verdade de La Palice.

Cd – Foi até há uns anos uma prenda mítica, agora caiu um pouco em desuso, muito devido ao advento dos leitores de mp3 e dos download de álbuns inteiros na net a preços bastante convidativos. Mas temos sempre conhecidos e familiares com mais de 50 anos que ainda necessitam do objecto físico para poderem ouvir música. Também aqui, há títulos ou artistas clássicos como prenda de Natal. Não sei se repararam que praticamente todos os Natais sai uma antologia nova dos ABBA, eu confesso que não sei quantas musicas fez esta banda mas pelo número de antologias no mercado (que aparentemente só são postas à venda nesta época, porque durante o resto do ano nunca ví um só exemplar à venda), cerca de 89, devem ter feito umas 3000 músicas estando todas elas incluídas nos “Best Of”, temos sempre outra aposta segura que é um cd da Amália ou das novas fadistas (a saber Mariza e Mafalda Arnaud). Outra banda que nunca falha é U2 sempre que estes senhores lançam um CD alguém o vai receber de prenda, é certinho – Mais uma verdade do general referido acima.

DVD – Tem vindo a ganhar adeptos e serve para desenrascar as prendas para os putos. – “Não sei o que hei-de dar ao Joãozinho? Pronto, dou-lhe um dvd do Bob o Construtor.” – e está arrumado, já podemos ir ver a secção das séries.

Peúgas – A mais odiada das prendas, ninguém gosta de as receber mas todos nós as recebemos. O flagelo atingiu proporções tais que suspeito que já não possa ser parado. A culpa é de quem inventou o conceito de prenda útil, este conceito deita por terra qualquer reacção que possamos ter ao receber uma prenda destas, até porque quando aquela amiga da nossa mãe nos dá um par de meias, este vem logo agarrado a uma expressão do tipo “são muito quentinhas, que o meu Zé Manel tem umas e (e aqui está o problema…) é uma coisa que dá sempre jeito”. E com esta ficamos desarmados, fazemos o sorriso menos amarelo que consigamos e agradecemos.

Cachecóis e luvas – Carradas destes damos e recebemos todos os Natais, eu sinceramente acho que nunca comprei um cachecol, foram-me todos oferecidos. Mas o interessante é que enquanto o cachecol até dá jeito e é um acessório interessante, as luvas não servem para nada. Só cerca de 10% das pessoas usam luvas, logo só 10% das luvas oferecidas são usadas. Todos nós sabemos isso, mas todos damos por nós a pensar – “Para o Tiago se calhar umas luvas eram uma boa prenda.” – mas a realidade é que não eram, não são, porque com 90% de certeza ele não as iria usar.

Caixa de chocolates – Ideal para levar para o local de trabalho, despachamos logo todas as pessoas e caímos nas boas graças dos gulosos. É também uma prenda que convém ter de reserva no carro, não vá alguém que não esperamos dar-nos uma prenda, e para não sermos apanhados com as calças na mão e o rabo de fora, sacamos rapidamente de uma caixa de chocolates toda xpto comprada no Continente, o clássico é Ferrero Rocher, toda a gente gosta.

Surtido Húngaro – Esta só podemos oferecer quando tivermos mais de 70 anos e a uma pessoa com a mesma idade de preferência ainda mais velha. Só nesta idade é que um surtido húngaro pode passar por prenda, aquilo não passa de uma caixa de bolachas variadas com um claro excesso de sabor a manteiga. Muito em voga estão também as caixas de bolachas de lata, porque (e mais uma vez) a caixa dá sempre jeito. Bolas, que é justificativo para tudo!

Quem se lembrar de mais algum presente típico partilhe e deixe um comentário.

Com isto me despeço e desde já desejo Feliz Natal a todos.

Este foi sem dúvida o post mais longo deste bloque, se o leu é um sobrevivente os meus parabéns!