quarta-feira, outubro 31, 2007

Olha quem voltou

Meus senhores e minhas senhoras, voltei. Estive mais uns dias no campo (que bem que se está no campo) mas voltei. Os dias de campo fizeram-me bem, mas agora estou com trabalho redobrado. Agora estou mesmo atolado de trabalho de todos os lados, no ISA no IO e projectos paralelos…ah é verdade e o blogue que é já a sensação do ano (hehe).

Do campo posso dizer que este está a ser um ano seco e que peixe há menos (se acreditarem em estatística parece-me haver uma correlação directa entre a densidade ictiofaunistica e a volumetria), mesmo assim tive o prazer de pescar o maior Micropterus salmoides e o maior Barbus bocagei que apanhei até hoje – ah peixe lindo!

Apanhei ainda um peixe que apelidei de ALIEN e que conjuga características de três espécies distintas – ora como híbridos de três peixes são impossíveis, este peixe, que tenho em minha posse numa solução formalizada a 5%, afigura-se um quebra-cabeças…

sexta-feira, outubro 26, 2007

Ciclo de cinema #1.5 – Fado, História d’uma Cantadeira (1947)

A saga continua!

Esta semana foi mesmo à rasquinha, estava a ver que não conseguia ver o filme, mas ontem tive um tempinho (que roubei ao sono) e vi este filme de Perdigão Queiroga com Amália Rodrigues (A maior cantadeira da história nacional).

O filme sendo um clássico não se encaixa numa moldura de comédia é sim um drama, em drama musical, visto as canções serem parte fundamental da estória. É um conto duplamente moralista, ao focar-se na estrela que abandona as raízes e ao retratar ainda a morte da esperança numa amiga por parte dos que lhe são próximos (neste caso todo o bairro de Alfama – que é aqui imortalizado com grande beleza).
Amália deslumbra com a sua voz e surpreendentemente com alguns pormenores muito bons de representação, mas tem um handicap no tocante à dicção – Amália fala como canta juntando palavras e comendo sílabas. Não deixa de ser um drama interessante, mais forte hoje do que no seu tempo (devido às alterações sócias e de padrões de géneros). Quanto a mim, embora aconselhe o visionamento, não pode ombrear com alguns dos filmes já discutidos neste ciclo, esses sim grandes obras do cinema mundial.

quinta-feira, outubro 25, 2007

E posts?

Pois é anda para ai uma maleita que me tem impedido de postar novas pérolas de sabedoria. O que se passa? Passa-se que deitei a mão à primeira série do Dr. House e estou a desbravá-la com uma tal fúria que os outros dvds nem têm sido mexidos – taditos lá estão cheios de pó. Mas tenho tentado andar a navegar por outros formatos (nomeadamente o celulóide) que também me têm dado prazer (kinky!).

Uma voltinha na net também se tem demonstrado proveitosa – naveguem é bem gostoso…..

quarta-feira, outubro 24, 2007

O Principio da Incerteza (2002)

Agora é moda!

Fui à cinemateca ver um filme de Manoel de Oliveira, fui sozinho não consegui ser persuasivo o suficiente para convencer alguém a ir comigo (talvez se não tivesse dito que era um filme de Manoel de Oliveira). De facto existe em Portugal o estigma palpável que um filme de Oliveira é entediante e que impreterivelmente leva ao sono e às cabeçadas no vazio.

O meu conhecimento da obra deste que é o realizador mais velho no activo (o senhor tem 98 anos e tem uma produtividade superior a um filme por ano – do caraças, hem?) era e é incipiente tendo visto somente o Aniki Bóbó. Por isso decidi que ia ver o filme, e de facto gostei do que vi. É um tanto ou quanto parado, mas é um filme que embora suportado pelo enredo tem uma presença muito forte da imagem e da fotografia. Os cenários naturais proporcionados pelo Douro e as viagens de comboio atraem o espectador. O filme completa-se pela erudição de alguns diálogos bem como pela sua complexidade e segundos sentidos. Durante um diálogo, são raras as vezes que duas personagens trocam olhares, ficando uma delas a olhar para o infinito mostrando muito poucas emoções (pondo a minha colherada dizia que são expressões à la Buster Keaton).

Outra coisa que impressiona é o facto de o realizador ser ainda responsável por parte argumento (baseado num livro de Agustina Bessa-Luís) e diálogos, tem ainda responsabilidades na edição do filme.

Manoel de Oliveira um realizador a descobrir, mas nas salas de cinema porque acredito que em casa seja uma pouco mais difícil…

Nova música Portuguesa para piano e orquestra

Não só de filmes vive a alma! Neste caso aconselho uma lavagem com piano e orquestra na Fundação Calouste Gulbenkian nos próximos dias 25 e 26.
São três obras interpretadas sob a direcção do maestro Pascal Rophé e da autoria de Isabel Soveral, Sérgio Azevedo e Camille Saint-Saëns.
Destas apenas ouvi um pequeno excerto do Concerto para dois Pianos e Orquestra de Sérgio Azevedo que vai ser interpretado pelos pianistas solistas António Rosado e Miguel Borges Coelho, e meus senhores tenho que dizer que vale a pena.

Este pedaço de erudição pode ser ouvido e visto a partir das 19 horas pelo preço variante de 10-20€.

Como é? Vamos ouvir uma musiquinha e dizer que somos cultos?

terça-feira, outubro 23, 2007

A obra do mestre chegou!



Devia começar este post ao som de um assobio ou de uma harmónica.

Chegou a minha casa um dos grandes clássicos do western italiano C’era una volta il west (1968). É uma edição especial de 2 discos e legendado em Português (uma beleza!). Querem ver este filme? Passem lá em casa…

sexta-feira, outubro 19, 2007

O Natal faz de mim um zombie

Pare que vou falar de um filme de série z ou de um filme de John Carpenter, mas não, vou falar da minha ultima visita a um centro comercial (mas um dos grandes). Mal entro na dita catedral de compras, olho para uma montra e vejo artigos natalícios (bonecos de neve, renas, bolas, estrelas, etc.) incrédulo procuro a data corrente no meu receptor de chamadas telefónicas, e eis que reparo que ainda estamos em meados de Outubro mais de 2 meses antes do Natal.

Penso para mim, num raro momento de clarividência Calviniana, estes gajos, pá!, sempre a tentar invocar o espírito consumista de cada um de nós, quem precisa de mais enfeites para a árvore-de-Natal? Ninguém! Uma pessoa tem que ser um pouco papalva para cair em tal armadilha e atafulhar um pouco mais a árvore, sobretudo quando mesmo as pessoas que precisam dos enfeites só os vão usar daqui a 2 meses. Dois meses meus senhores – inacreditável.

Então, e meramente com espírito explorador – isto da ciência impele-me para escarafunchar tudo o que me parece merecedor de explicação – entrei na dita loja e fui tentar perceber qual o motivo que levava os magotes de pessoas, que estavam a comprar os bonequinhos, a fazê-lo.

Enquanto me embrenhava nos meandros escuros dos enfeites de Natal, lembrei-me que para além de produtos energéticos para manter a meu corpo (vulgos alimentos) tinha-me deslocado aquele espaço comercial também para adquirir uma prenda engraçada e despretensiosa.

Passados alguns minutos saí da loja muito confiante e com um embrulho debaixo do braço – um assunto já está arrumado, agora vou ver as novidades à FNAC (pensei eu). Segundos depois caí em mim (foi tranquilo, nada doloroso) e apercebi-me o quão papalvo eu sou, caí na esparrela e comprei um enfeite de Natal dois meses antes do aceitável. Sou de facto lamentável deixo-me manipular pelas grandes companhias e não consigo resistir a uma comprinha de Natal. Talvez seja por isso que já não tenho espaço para nada em casa.

Mas do mal o menos a prenda foi um sucesso. E porquê? Porque ninguém espera um presente desta índole a meio de Outubro…

quinta-feira, outubro 18, 2007

The Last Supper (1995)

Meus senhores, acabei agora mesmo de ver esta comédia de Stacy Title. Vi por indicação do Sr. Nuno Markl (indicação no seu blog http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt) e só tenho boas coisas a dizer. Grande filme, grande pedaço de noite que passei a vê-lo, foi bem catita. Aconselho vivamente, vejam esta comédia negra, mas só porque não sou de esquerda não me convidem para jantar…

P.S. – Já procurei e encontrei o dvd à venda na Amazon.uk. E a um preço nada disparatado. Humm...dá que pensar!

quarta-feira, outubro 17, 2007

George W. Bushisms (2004)


Ladies and gentlemen the leader of the free world!

Depois da promessa que ficou no ar e de muita ponderação, cá vai um comentário sobres as pérolas que saem da boca deste senhor.

Em relação a W. Bush Jr. tenho sentimentos contraditórios, um em que penso este senhor é um imbecil e outro em que penso espera ai este homem não pode ser assim tão burro, ele é mas é um génio da comédia. E ponderando bem as coisas ele não deve ser burro, o senhor é de facto uma lufada de ar fresco na comédia mundial, ninguém é mais brilhante que ele, mais ninguém conseguiria escrever tais ditos. O addcritics curva-se perante o seu brilhantismo Sr. Bush.

Esta é uma edição que para além do objecto redondo tem um livro de 80 páginas com o que de melhor se escreve na língua inglesa, achados brilhantes do baú das bacoradas bushianas - os ditos bushisms. Em termos de dvd é fraquinho, não gosto da edição e não gosto dos comentários, o que torna este dvd fascinante é mesmo o senhor que decidiu invadir o Iraque porque sim, só porque sim – para mostrar ao mundo que o chefe sou eu e que nem os gajos da nações unidas mandam em mim (pudera ninguém se percebe –qual torre de Babel, essa ao menos almejava o céu).

O dvd vale pela maravilhosa sensação que é beber da sabedoria infindável de George W. Bush. A homenagem deve ser prestada de uma forma mais explicita pelo que aqui ficam alguns dos dizeres que me pareceram mais consistentes com a linha de humor do chefão:

“I know the human being and fish can coexist peacefully”

“They have miscalculated me as a leader”

“They misunderestimated me.”

“I think if you know what you believe, it makes it a lot easier to answer questions. I can’t answer your question.”

“One of the great things about books is sometimes there are some fantastic pictures”

“Rarely is the question asked: Is our children learning?”

terça-feira, outubro 16, 2007

Chegou, chegou!

Pois é a ponte que liga Royston Vasey a Inglaterra estacionou no tapete da minha entrada esta semana. É uma edição simples, mas espantem-se, tem uma caixa amarela (cool), acho que é primeira caixa desta cor que tenho na estante. Vamos ver se a cor anima a festa…


segunda-feira, outubro 15, 2007

Ciclo de cinema # 1.4 – O Pai Tirano (1941)

E Torna a pingar mais um.

Aqui o vinho não era Torna Viagem mas sim dois copinhos de vinho branco que o bacalhau já foi. E ainda dizem que a escassez de bacalhau é coisa recente, já faltava nos anos 40, faltava e o pessoal bebia, vai-se a ver e a situação económica actual deve-se a escassez histórica do fiel amigo (que bela expressão, amigo, amigo mas estragou isto tudo! Ólarilas).
Aquele que é considerado por muitos como um dos melhores filmes de comédia nacionais é uma estória de desenganos baseada num triângulo amoroso. Francisco Mega (Francisco Ribeiro, ribeirinho) tenta conseguir o amor da inatingível Tatão (e é ouvi-lo a dizer Tatão Tatão pelo filme – tipo caixa de ritmos, ou de ressonância do bater do seu próprio coração - Tatão Tatão) acabando por se apaixonar pela Gracinha (Graça Maria) numa bela estória de Amor. Pelo meio há um corrupio de aldrabices de jogos de engano e de trafulhices muito apelativas ao público humorófilo (que raio de mania pá!).

Como um apontamento de curiosidade muitas personagens do filme têm os mesmos nomes (ou derivações) dos nomes dos actores que as interpretam. Sim senhor uma bela homenagem em celulóide.

Vasco Santana – Mestre José Santa
Francisco Ribeiro – Francisco Melga
Barroso Lopes – Lopes
Graça Maria – Gracinha
Teresa Gomes – Teresa
Seixas Pereira – Seixas
Laura Alves – Laurinha
Armando Machado – Machado
Idalina de Oliveira – Idalina

(para nomear apenas alguns)

Vejam o filme descansados e a comer dois pastelinhos de bacalhau – não há? – então a beber dois copinhos de vinho branco…

sábado, outubro 13, 2007

Jim Sheridan and his left foot

Esta semana fui pela primeira vez (completamente indescupável…) ver um filme na Cinemateca Portuguesa. Aconselho a todos uma passagem pela Cinemateca, deliciem-se com a beleza do edifício, mas sobretudo deliciem-se com o fantástico ambiente. Respira-se cinema, com as paredes repletas de cartazes de filmes, com o seu café/restaurante – 39 degraus (clara referencia ao The 39 Steps (1935) de Hitchcock) – e com a sua belíssima loja onde se podem encontrar filmes, livros e cartazes de cinema. E depois a hipótese de ver filmes que de outro modo não se conseguem ver no grande ecrã.

Fui então ver o My Left Foot (1989) de Jim Sheridan – filme galardoado com dois Óscares, melhor actor e melhor actriz secundária – na abertura do ciclo de cinema dedicado a este realizador e productor Irlandês – Método Irlandês. É um drama biográfico que retrata da vida de um pintor e escritor (Christy Brown) que nasceu com paralisia cerebral tendo apenas controlo pleno sobre a sua perna e pé esquerdos. O filme passa-se na Irlanda pobre pré-União Europeia onde o Catolicismo sempre presente leva ao aumento continuo do número de pessoas de agregado familiar com problemas financeiros.

Para meu espanto, quando cheguei ao piso superior da Cinemateca a fim de me sentar calmamente no café e deambular livre e interessadamente pela loja (cheguei 30 minutos antes da exibição), estava a ser servido um cocktail (nada de ordinarices) para o que me pareceu serem pessoas de outras nacionalidades que não a minha (a primeira pista foi falarem quase todos estrangeiro) e ainda mais alarmante foi o facto de estarem todos aperaltados como se dia de missa se tratasse. E a cirandar como um par de moscas dois fotógrafos sempre à procura da melhor posição para retratar o Sr. Jim Sheridan; é verdade o autor da obra estava presente bem como mais um sem número de personalidades sobejamente importante…há é verdade e eu que embora soubesse de antemão que o realizador ia estar na exibição tinha total desconhecimento sobre o aparato que agora me rodeava.

No computo geral foi uma experiência agradável, o local é fantástico o ambiente é muito aconchegante, vi um bom filme que nunca tinha visto e deparei-me com uma recepção à séria (até meteu discurso do embaixador, vejam lá!)

Visitem a cinemateca, se não forem visionar, passem por lá tomem um café e comam uma fatia de tarte de maçã (sim que agora é muito chic ter estes actos sociais em locais selectos tipo galerias de arte e assim, como o cinema também é arte dizem que é a 7ª bora lá todos passarmos por ajanotados cultos).

sexta-feira, outubro 12, 2007

A compra da semana

Esta semana adquiri mais um dvd.

Que dvd adquiri eu?

C'era una volta il West (Once Upon a Time in the West) (1968), mais um western, este já Spaghetti mas do mestre Sergio Leone. Edição especial de dois discos legendado em Português.

E sabem que mais este filme é com a Claudia Cardinale…quem é que sabe disto quem é?

quarta-feira, outubro 10, 2007

Stardust (2007)

Hurray!! Uma crítica a um filme com menos de 20 anos – devo estar doente, andam praí umas febres maradas, mas a minha mãe sempre me disse que um agasalho é coisa boa por isso não deve ser.

Ontem à noite fui ver esta pérola do cinema fantástico contemporâneo.

Matthew Vaughn que até agora apenas tinha realizado Layer Cake (2004), mas com experiência já mais extensa como produtor (produziu o belíssimo Snatch (2000), dá-nos um festival visual, com paisagens tão incríveis como belas. O elenco deste filme é incrível: Robert DeNiro, Michelle Pfeiffer, Sienna Miller, Peter O´toole, Ian Mckellen e o incontronável Rick Gervais.

Cá está um filme que transmite as sensações gostosas dos filmes de aventura mágica (estou-me a lembrar do Mítico The Goonies (1985)), este filme transmitiu-me a mesma sensação que o Big Fish (2003) de Tim Burton (um senhor!), mas quanto mim, este filme é melhor, mais amplo, mais fantástico, com uma sensação de aventura maior. Podia estar aqui a escrever páginas e páginas sobre o filme e sobre cada pormenor, mas não quero introduzir Spoillers, o que quero mesmo é que vão ver o filme – é pá, é coisa que vale a pena (humm interessante três palavras seguidas com assento – não é muito normal – mas como o filme também o comentário é incrível).

Ciclo de cinema # 1.3 – O Costa do Castelo (1943)


Tenho conseguido manter a periodicidade anunciada (não corre mal isto), cá vai quentinha mais uma opinião sobre um filme sexagenário (quase, quase com direito a desconto de terceira idade e ao famoso passe…). É dos filmes mais famosos da nossa cinematografia. Este estatuto é merecido até certo ponto, por um lado a genialidade de António Silva por outro lado a teatralidade de Maria Matos é exagerada, mesmo que necessária no início do filme, peca claramente pelo arrastamento na parte final (não podemos, no entanto, deixar de prestar homenagem a uma das grandes actrizes cénicas Portuguesas). Este, não é mais do que um simples filme de amor de encontros e de desencontros. Havendo no entanto um interessante confronto de classes, bastante comum na sociedade Portuguesa dos anos 40 protagonizado pelas famílias tradicionais ainda agarradas ao estatuto de nobreza e fidalguia. Mas como sempre tudo acaba bem e os casais ficam juntos…ah como é boa a previsibilidade deste tipo de cinema, encontramos nela um conforto, uma ternura que perdura ao longo das décadas. Não são finais emocionantes, mas são finais quentinhos…

Ver um filme destes à lareira a bebericar cacau quente e a comer castanhas…que belo quadro. Quando chega o Inverno? Quero que seja agora, já hoje, que estou uma daquelas laricas, ui ui…

Não percam a explicação silviana (esta é que deve ser mesmo nova, até estala – qual nota de 20 escudos a sair da casa da moeda) sobre o funcionamento de uma telefonia…há coisas, hem?…o homem tem mesmo graça!

Filmes como este, e como a série de filmes #1.X baseiam muita da sua piada, não na trama em si mas nos pormenores e nos diálogos brilhantemente escritos.

terça-feira, outubro 09, 2007

Ainda se lembra?


Caro Leitor (leitor com L maiúsculo, porque para mim é o Senhor) lembra-se de nas passadas semanas ter referido umas comprinhas? Elas já chegaram! Este fim-de-semana quando cheguei a casa para o merecido descanso (que o trabalhinho ainda é uma coisa puxadota e por vezes cansativa), tinha à minha espera dois belos dvds. E que Prazer (porque o prazer também é importante…vai com P grande) é poder arrumar os dvds na estante e verificar como lá ficam bem…

sexta-feira, outubro 05, 2007

A compra da semana!

Se o MBnet cobrasse dinheiro, eu já estava desgraçado. Mas a verdade é que a loja cdwow colocou diversos títulos a 3£. Então lá teve de ser…já vem mais um dvd a caminho. Ora este dvd, já me tinha despertado interesse. Então cá vai…The League of Gentlemen’s Apocalypse (2005). Filme que vem na sequência da série da BBC The League of Gentlemen. Neste filme o universo de Royston Vasey vem ao encontro da realidade, e as personagens interagem com os criadores da série.

Encontro-me em estado de ansiedade para poder fincar as unhas nesta pérola. Agora não me venham é dizer que eu sou o porco.

P.S. – Alguém notou na série uma leve semelhança com o filme Delicatessen de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet? Alguém?

Respondam a esta pergunta nos próximos 27 segundos e habilitem-se a ganhar os dois filmes supra-citados.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Incorrigíveis!
Atenção atenção!
Diariamente (dias úteis que os outros já se sabe…são inúteis, não servem para nada) sai uma crónica em vídeo via web de alguns comediantes conhecidos aqui do rectângulo (analogia com a forma de Portugal), sobre temas que pá, sinceramente, não interessam nem ao menino Jesus. Mas, já se sabe como é, os gajos percebem da poda e aquilo é cómico, vá-se lá perceber como.

Basta Googlarem Incorrígiveis que vos aparece, os cronistas são (sem qualquer ordem): Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Bruno Nogueira, Herman José e um convidado semanal. Aconselho uma passagem por lá a quem não conhece, a quem já conhece continuo a aconselhar passar por lá, e deliciem-se com dissertações sobre a nova campanha da Carris ou sobre a correcta forma de pronunciar a palavra Piaçaba.

Eles são incorrigíveis e eu estou indignado por não ter sido convidado…ai que belas ideias eu tenho para partilhar com o mundo através de uma câmara…bem fica para a próxima, bem o mais certo é ficar para o próximo século porque bem vistas as coisas só digo mesmo dejectos de cavalo (que é como quem diz - horse shit).

quarta-feira, outubro 03, 2007

Saturday Night Fever (1977)

Olha este filme mítico!

Tinha comprado há uns dois meses uma edição simples deste filme que já tinha visto várias vezes nos velhinhos VHS (gravado da televisão, provavelmente com intervalos e tudo – the works), até que decidi vê-lo.

Que gozo me deu revisionar o filme, e pensar, meu Deus!!, as pessoas vestiam-se mesmo assim? Os anos 70 e a loucura do sexo das drogas e surpreendentemente aqui não o Roch n’ Roll mas sim o Disco sound. Este filme com o seu “Polyester look” fez com que o estilo de vida disco saísse da clandestinidade directamente para as pistas de dança de todo o mundo.

O filme é um musical, na medida em que a música tem um papel tão importante como o argumento e não porque as personagem começam inexplicavelmente aos saltinhos e a cantar. É também um filme cru que retrata as dificuldades da classe média baixa de brooklin. Tem um enredo sexista e racista, mas este politicamente incorrecto transmite-lhe uma sensação de realidade, que nos leva a compreender os problemas de uma sociedade em pré-implosão e das personagens.

John Travolta tenta, e consegue, com este filme dar o salto do pequeno para o grande ecrã. Como Vinnie Barbarino em Wellcome Back, Kotter, Travolta tinha conhecido a fama e precisava agora de se afirmar no cinema. Para tal dedica-se ao filme, passando vários meses a praticar as rotinas de dança e perdendo 10 Kg para poder ter uma figura mais esguia. Este filme foi um sucesso tremendo e Travolta conseguiu tornar-se um ícone da 7ª arte com o seu Tony Manero e no ano seguinte com Danny Zuko em Grease.

Rapaziada, bora lá tirar o fato branco do armário ver o filmezito e, as they say, dance the night away!

terça-feira, outubro 02, 2007

Ciclo de cinema # 1.2 - A Vizina do Lado (1945)

Mais uma volta, mais uma viagem. Estou de volta com o ciclo de cinema, esta semana temos A Vizinha do Lado de 1945, filme de António Ribeiro é uma comédia adaptada para cinema a partir de uma peça de teatro de André Brun. É sabido que André Brun é um cómico brilhante, mas poderia neste caso o argumento não se igualar à altura da peça. Não tendo visto a peça parece-me que António Lopes Ribeiro e Vieira de Souza fizeram um belíssimo trabalho, porque o filme é muito fluido, muito dinâmico, muito ao estilo de uma peça de teatro (todo o enredo do filme se passa em menos de 12 horas), mas sem a teatralidade clássica da representação.

No fundo é uma comédia romântica de época, notam-se aqui claras as alterações sociais e de posição de géneros que se vêm sentido desde a altura da trama, 1913, até à actualidade. Mas politica de sexos à parte é uma comédia muito interessante, vale muito a pena ser vista, mais que não seja pela presença, sempre genial, de António Silva (o melhor actor clássico Português de comédia).

Vejam e digam lá se o Plácido Mesquita (Nascimento Fernandes) é ou não igual ao Ernest P. Worrell (Jim Varnay).
A mudança
Ontem foi o grande dia, mudei de apartamento. O anterior foi satisfatório, este é longe!
É longe comó caraças, mas vendo bem as coisas parece que vai ser interessante, recheado das comodidades mais modernas. Não se preocupem as comodidades não me irão afastar do penoso trabalho que é ver dvds e comentá-los aqui. No entanto, ontem foi um dia chato – detesto mudanças – até porque como só estive um ano na casa anterior não tive aquele prazer indescritível que é encontrar algo que julgávamos perdido há muito ou que já nem sequer nos lembrávamos de ter possuído. E agora lá estou num apartamento que para mim é novinho, veremos quanto tempo dura a habituação, pode ser de uma semana a dois meses, nunca se sabe.

Após as mudanças tive uma reunião daquelas longas – 5 horas enfiado dentro de uma sala a discutir valores e depois estatística – quem disse que a ciência is all fun? Mas tem que ser o trabalhinho é de prata porque o descanso, esse é de ouro.

Tenho um prazo muito curto para a entrega de uma versão provisória da tese que associado ao trabalho e às compras para o novo quarto, me vão deixar muito pouco tempo livre, quer para os visionamentos quer para escrever estes trechos de poesia cinematográfica. Por isso esperem uma diminuição no número de posts nas próximas semanas que isto está a apertar.