terça-feira, janeiro 16, 2007

The Illusionist – Aquilo que os olhos não vêem…

Este é um filme dotado de uma beleza transbordante e invulgar. É um filme que sobressai pela maneira como é filmado, pela conjugação perfeita de luz e sombra. O realizador Niel Burger, praticamente desconhecido revela-se aqui de uma forma muito madura, conseguindo uma boa fluidez narrativa, capaz de nos transportar no tempo apenas com técnicas cinematográficas. The Illusionist não se demarca dos restantes devido à história nem às interpretações mas pelo conjunto avassalador que estas fazem com a fotografia. Sem dúvida o melhor filme que vi no último ano, simplesmente brilhante.
Casino Royale – O retorno à acção

Este é um filme que fez correr muita tinta antes de ter estreado, antes mesmo de ter sido filmado. Daniel Craig foi tudo menos um nome CONSISTENTE entre os fans de Bond. Amado por uns, odiado por muitos, Craig teve realmente de provar o que valia neste filme.

Casino Royale apresenta-nos Bond antes da obtenção da licença 00. Este é sem dúvida mais duro, mais primitivo que as caracterizações feitas pelos outros 5 actores, um Bond sem os vícios da alta sociedade (inaudível é o facto de não pedir um Vodka Martini shaken not sterd!). Neste filme existe um menor recurso aos gadjets, havendo apenas uma menção a Q (sem qualquer aparição), dependendo o sucesso de bond, muito mais das suas capacidades físicas.

È bastante bem conseguido, sendo uma mistura do bond de Pierce e de Conery com um toque da saga missão impossível. Tentando aliar o charme ao musculo. A parte mais importante do filme é o jogo de póquer. É aqui que o filme falha, há uma clara falta de ligação de Bond com o Vilão (Le Chiffre – Mads Mikkelsen) limitando a intensidade das cenas.

No computo geral é um bom filme, mas ao qual falta a intensidade que o tornaria ainda melhor.

Eragon – A fábula do Herói

Adaptado do livro homónimo de Cristopher Paolini, Eragon é uma história de lendas de heróis e em última análise da superiorização do bem sobre o mal. Numa época de trevas a esperança renasce sobe a forma de um dragão e do seu cavaleiro. O mundo de magia é contagiante com cenários extraordinários e uma animação quase real.

Mas como nem tudo são rosas, a iluminação na sequência inicial do filme está exagerada, havendo uma notória artificialidade. Digno de nota é ainda um erro de montagem sensivelmente a meio do filme, pormenor que se espera ver corrigido na edição em DVD.

O filme tem um défice de intensidade em termos de continuidade. Embora a construção seja a correcta, começa com um enquadramento ligeiro e prossegue com incrementos inconstantes de intensidade, atingindo um pico de intensidade na altura indicada; falta intensidade ao filme. Parece-me ter havido um claro erro de casting no que refere ao rei, John Malkovich embora um excelente actor não tem o perfil indicado para esta personagem. O rei e ex-cavaleiro de dragões é uma personagem negra que iria beneficiar de um actor um pouco mais duro. Malkovich deixa as despesas dramáticas para Robert Carlyle que tem aqui mais uma interpretação muito consistente.

Espera-se o segundo filme para melhor avaliar o conjunto…por enquanto é um filme agradável mas sem grandes aspirações.