quarta-feira, novembro 01, 2006

Friends – the unexpected guild…

Esta série é provavelmente a mais popular das séries cómicas Norte Americanas. Com um enredo raramente intrincado, um grupo de 6 amigos encontra-se num café de esquina junto ao Central Park e discutem as peripécias vividas singularmente numa cidade que se lhes apresenta cheia de possibilidades. Cada um tem características muito próprias que se complementam entre elas, tornando o grupo mais próximo e quase um organismo vivo. Há um certo conforto na ideia de partilha exercida por estes amigos e pela eleição de um café para sala de estar comum.
Os textos estão muito bem escritos, notando-se no entanto uma degradação progressiva de qualidade e diminuição do número de apontamentos cómicos com a crescente popularidade da série e possivelmente com a pressão em prolongar a trama. Como exemplo da notoriedade de “Friends” cada um dos membros do elenco principal auferiu um milhão de dólares por cada episódio da décima série.

Acabou de ser editada em Portugal a décima e última série de “Friends”, havendo assim a totalidade das séries editadas separadamente, bem como uma edição limitada das 10 séries de forma conjunta. É uma colecção muito interessante que torna apetecível qualquer dvdteca.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Lady in the water – Acredita numa história de crianças?

Realizado e escrito por M. Night Shyamalan, “Lady in the water” é um filme muito interessante, explorando o misticismo das fabulas e lendas passadas verbalmente entre gerações à beira da fogueira. Este mundo fantástico vem, no filme de Shyamaln, ao encontro da sociedade moderna, onde várias pessoas com diferentes bagagens culturais e diferentes vivências se deixam envolver numa busca interior pela felicidade e pela conquista suprema do bem sobre o mal, tendo por objectivo primordial salvar o mundo. O argumento é muito bom, havendo no entanto alguma falta de profundidade em certas sequências. Parece-me que o cenário do filme é um pouco minimalista perdendo o filme com a envolvencia; é, no entanto, possível que esta escolha de cenário seja consciente tentando trazer para primeiro plano a realidade mundana das personagens em contraponto com a realidade etérea das personagens ficcionadas. É no entanto um filme muito agradável que recomendo a todos. M. Night Shyamaln está a tornar-se dos realizadores mais interessantes e consistentes de Hollywood, um realizador/argumentista que vale a pena seguir.

terça-feira, outubro 03, 2006

Grouxo Marx – Histórias curtas e grossas

E porque o cinema não é só filmes mas também pessoas e vivências pessoais, aqui fica a referência a um livro cujos escritos são de um ícone de uma era. A era de ouro.
Para além de criar personagens cativantes ao ponto de se tornarem uma avalanche permanente de duplos significados, Marx, Groucho, também escrevia. Começou a faze-lo ainda como ilustre desconhecido, na altura em que o salário de uma semana mal cobria os gastos do quarto de hotel.
Histórias curtas e grossas é uma compilação de textos escritos por Groucho. Os textos são reflexões sobre a actualidade (à época) Americana, sobre o sentido das políticas, sobre a sociedade. Reflexões das quais um sentido critico carregado de jocosidade não pode ser alheado. O uso da comédia serve para tornar os textos mais poderosos e a critica mais acérrima. O facto de Groucho ser um actor de primeira linha ajudou à publicação dos textos por periódicos de excelência, permitindo-lhe expressar-se de uma forma abrangente na cultura social Americana dos anos 20 e 30 do século passado. Woody Allen disse que uma das razões pela qual vele a pena viver é pela existência de Groucho Marx. A verdade é que nunca se atinge o pleno de compreensão de um filme dos irmãos Marx apenas com uma visualização, a profundidade é demasiada.

Aqui fica a primeira referência a um livro pelo Addcritics, mas mais estão na calha…

quinta-feira, agosto 31, 2006

Little Britain – To Know the moral fibre of the British people


Esta série criada e interpretada por Matt Lucas e David Walliams, é uma desconstrução atípica do Reino unido, do seu antigo império e sobretudo dos habitantes da Grã-Bertanha. Assenta num vasto leque de personagens, interpretados na maioria pelos próprios criadores, grotescos e de certa forma caricaturados ao extremo. “Little Britain” põe o dedo na ferida ao fazer repetidas alusões a tabus que assolam as sociedades actuais, tentando uma reformulação social ainda que fictícia. O facto de não se importarem de levarem ao extremo a caricatura e de se exporem ao ridículo, Matt e David mostram que a nova geração de comediantes ainda consegue criar, escrever e interpretar com uma qualidade extrema. Seguindo a escola da observação esta série pega nas abundantes pequenas idiossincrasias da sociedade de uma forma tal que as elevam ao patamar de cómicas jocosas. Ainda sem grande expressão no nosso país em termos de seguidores, esta é uma série que rapidamente se tornará um clássico da BBC. Existem editadas em Portugal as 2 primeiras séries sendo que a terceira ainda não foi editada em nenhum país.

terça-feira, agosto 29, 2006

Black Books – a terrível inconveniência da existência de clientes

Esta série britânica é um excelente exemplo de que nem só a BBC produz séries cómicas de qualidade. Criada por Dyla Moran, “Black Books” retrata a vida de um dono de uma livraria alfarrabista (Bernard Black – Dylan Moran) que despreza os clientes e o empregado (Manny – Bill Bailey), tendo como única amiga Fran (Tamsin Greig). Black tem uma existência devotada aos livros, que lê compulsivamente, ao tabaco e ao vinho que lhe dão o seu único prazer genuíno. A Manny cabe o papel de impedir a autodestruição de Berned enquanto tenta tornar a livraria lucrativa. É uma série com um sentido de humor muito apurado, que gira em torno das relações dos três personagens, com sequencias verdadeiramente assombrosas do ponto de vista do impacto cómico que proporcionam. Toda a envolvência da loja nos transporta para um imaginário pacífico de uma pequena livraria de bairro, contrastando com a exuberância comportamental de Bernerd Black. É sem dúvida uma série muito bem conseguida que o addcritics aconselha vivamente. Existem três séries, nenhuma editada em Portugal, mas é bastante fácil encontrar esta série importada (sem legendas em Português).

terça-feira, agosto 01, 2006

On the water front – 1954 – O sacrifício em nome do Amor

Filme protagonizado por Marlon Brando, tornado um épico moralista. Um ex-pugilista trabalha nas docas como estivador e, ocasionalmente, faz alguns favores ao patrão corrupto do sindicato dos estivadores. Terry Malloy (Brando) revolta-se contra um crime cometido no cais e sentimentos de culpa começam a assolar-lhe a consciência. A sua aproximação a Edie Doyle (Eva Marie Saint), irmã do falecido, e consequente paixão levam Malloy a testemunhar contra o crime organizado.
É um filme comovente da luta de um homem contra os poderes instituídos e dos conflitos morais e sociais pelos quais tem de passar para que o bem triunfe. Está carregado de mensagens moralistas ao bom estilo americano, sempre a tentar introduzir bons princípios nos filmes. Este é de resto um apanágio do realizador (Elia Kazan) que, embora com outro tema, direccionou também “Gentlemen’s Agreement” para os princípios que devem reger uma sociedade. Um bom filme que não perde nada pela “idade” que tem, simples, directo, memorável.

sábado, julho 01, 2006

Sin City – o triunfo aguardado da estética vanguardista negra

Este é sem duvida o melhor filme de 2005! É um filme que deixa o espectador espantado pela realização pelo impacto visual pela brutalidade crua mas estilizada da realização. Este é um filme brilhante. Os textos são excelentes a realização é irrepreensível. É um título dotado de uma estética alternativa que traz uma lufada de ar fresco, não só pela utilização da cor, mas também pelos planos e ângulos adoptados pela realização. Um filme que não cresce com o decorrer da acção, é grande desde a primeira à última cena. Realizado por Frank Miller e por Robert Rodrigues, com uma participação especial de Quentin Tarantino; “Sin City” tem por base a obra de banda desenhada de Frank Miller. Três estória entrelaçam-se numa estética muito fiel há BD. Este filme vale, e surperioriza-se a muitos pela estética, pelos diálogos e narrações e pelo forte carisma de todas as personagens. Aqui não há boas pessoas apenas heróis negros... This one will keep you in the edge of the seat!
The Usual Suspects – A mestria do verdadeiro mindtwister

Como já dizia Renault em “Casablanca” – “ Round up the usual suspects”. Este filme estabeleceu um novo padrão nos thrillers. O final é memorável, assim como uma interpretação magistral de Kevin Spacey como Verbal Kint. Interpretação que lhe valeu um óscar de melhor actor secundário. “Usual Suspects” dá vida a uma dos mais famosos vilões do cinema, Keyser Söze. A maior parte do filme decorre durante um interrogatório a Verbal, havendo recurso a flashbacks sucessivos, recriando a história do crime através da imaginação fértil de Verbal. É um filme que deixa o espectador a pensar no filme, a fazer uma reconstrução mental do filme. É um deleite intelectual. Pena é que não seja um filme apropriado para visualizações sucessivas, mas deixa recordações permanentes de um dos maiores mindtwisters de sempre.

sexta-feira, junho 30, 2006

Boxoffice # 3 - Cars


O realizador de “Toy Story” (John Lasseter) traz-nos, em parceria com John Ranft, mais um filme de animação. Este novo filme da Pixar não rompe com o passado e não é um salto em frente para a indústria. No entanto este “Cars” é um filme agradável com alguns pormenores interessantes. Conta a história já antiga de um jovem arrogante que encontra a razão no amor, na amizade e na experiência dos personagens que encontra no desenrolar da trama. O herói altera a sua maneira de ser encontrando nos amigos a sua verdadeira identidade acabando no fim a amizade por triunfar. É um hino à amizade e às relações interpessoais. É um daqueles filmes que se aconselha ver em família, sem nehumas preocupações de não perder o fio condutor. É um filme sem ideais artísticos, sendo um filme bonito e agradável. A ressalva é aqui necessária, não se pode comparar este filme a “The Incredibles”, “Shrek” ou “Corpse Bride”.

segunda-feira, junho 26, 2006


Monty Python and the Holy Grail – A eterna busca do Rei Artur, mas revestida de uma comicidade gritante.

Os Reis da comédia fazem neste filme mais uma encenação do episódio ficcionado da busca do Santo Graal pelo Rei Artur e da criação de um sonho, Camelot. Este é o melhor filme da trupe, realizado por dois Pythons (Terry Gilliam e Terry Jones). É um filme composto por inúmeros elementos cómicos, muitos só visíveis e perceptíveis na segunda ou terceira visualização. Conseguindo mesmo após múltiplas visualizações manter uma frescura rara na comédia actual. Desde o facto de os cavaleiros não terem cavalo ao facto de Sir Robin não ser tão bravo como Sir Lancelot daí o nome Sir Robin the Not-Quite-So-Brave-as-Sir Lancelot. É uma produção muito Low Budget mas conseguindo mesmo, com mestria, aumentar mesmo a vertente cómica do filme uso das animações é um recurso intensamente explorados pelos Monty Python havendo neste filme um casamento perfeito com a sequência do filme, adaptando-se a narração à animação de forma completa e muitas vezes melhor do que noutras produções do grupo. Os pormenores cómicos multiplicam-se, sendo este filme capaz de proporcionar um serão reconfortante com a certeza de ver comédia interessante e segundo alguns, erudita. È uma adição profundamente essencial a uma boa dvdteca. Esta vai ser aquela edição que não se vai cansar de ver, num prazer sádico pela perfeição de momentos cinematográficos pautados por uma excelência que urge reaparecer no plano do cinema mundial.
Ctizene Kane - O mundo a seus pés

Orson Wells escreveu, realizou e actuou num dos filmes mais aclamados de sempre pela critica. Considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos. Wells mostrou ao mundo este filme quando tinha apenas 25 anos, denunciando desde logo uma genialidade sem par na década de 40. Este filme marcou um ponto de viragem no modo de realizar e no modo de contar uma história. Começando pelo fim, deixa, na última palavra de Kane, uma pergunta no ar – Rosebud. What does it mean?
È esta a pergunta à qual se tenta responder no decorrer da trama que se reveste de flashbacks. Flashbacks estes que permitem ao espectador um vislumbre da vida de Kane o maior magnata dos media. Acabando o filme sem a investigação levada a cabo por um jornalista obter uma resposta. No entanto na infância reside a felicidade e a resposta…

quinta-feira, maio 25, 2006

Fawlty Towers – A incompetência mesquinha almeja a grandeza

Jonh Cleese (Monty Python) e Connie Booth são os autores de uma comédia intemporal tendo sido mesmo considerada a melhor comédia de sempre exibida pela BBC. É uma comédia brilhante com uma interpretação soberba de Cleese como Basil Fawlty, o dono de um pequeno hotel na costa Britânica. O pior proprietário do mundo prepotente mesquinho e com aspirações de grandeza, tentando sempre melhorar a estirpe de hospedes maltratando aqueles que considera inferiores. Manuel (Andrew Sachs) é um empregado espanhol de Barcelona e o único em que Basil consegue realmente mandar, sendo explorado devido á sua condição. Sendo esta uma comédia tão aclamada pelo público e pela critica é de lamentar terem sido feitas apenas duas séries num total de 12 episódios. Actualmente as séries com algum sucesso são “esticadas e espremidas” no maior número possível de episódios, chegando algumas a realizar 9, 10 séries com mais de 20 episódios cada. É uma pena que “Fawlty Towers” não se tenha estendido um pouco mais como aconteceu com “Yes, Minister” alguns anos mais tarde. Esta é sem duvida uma pedra basilar da comédia televisiva. Em Portugal encontra-se editada em duas modalidades, as duas séries completas numa caixa e as séries individuais. Esta é mais uma excelente adição para uma colecção privada.

sábado, maio 13, 2006


Basquiat – O prazer da estética quotidiana

Julian Schnable apresenta-nos uma representação de parte da vida de Jean Michel Basquiat, pintor contemporâneo que apoiado por Andy Warhol, expoente máximo da Pop Arte, teve uma ascensão fulminante que o retirou da rua e o transportou para as grandes salas de exposição mundiais. O filme é bastante consistente, sendo a narração acompanhada de uma banda sonora portentosa assinada pelo próprio realizador e por John Cale. Tem representações brilhantes de Jeffery Wright (impressionante), de Benicio Del Toro e de David Bowie. Este filme tem uma estética muito particular fugindo a um sentido mainstream. Indispensável numa boa DVDteca, capaz de proporcionar momentos de deleite ao apreciar um grande filme.

segunda-feira, maio 08, 2006

Boxoffice # 2 – Mission Impossible III

A frenética adição de acção. Nesta aventura vivida mais uma vez por Ethan Hunt (Tom Cruise), denota-se uma menor dedicação estética por parte de J. J. Abrams do que a de Brian De Palma em MI 1 (este sim um filme que prima pela estética, proporcionando ao espectador um festival visual). Abrams teve até agora um trajecto mais ligado à criação de formas de entretenimento televisivo (“Lost - Perdidos” e “Alias – A Vingadora”), embarcando pela primeira vez num projecto de Hollywood.
O excesso de objectivos do filme, faz com que algumas secções do filme sejam passados para segundo plano, limitando-o um pouco, chegando assim a um nicho mais reduzido de espectadores. Para quem gosta de filmes de acção esta será uma boa opção, para quem prefere filmes com mais substância e principalmente consistentes e equilibrados este é um filme para esquecer. Fazer passar tempo parece ser o seu único propósito. Este é um propósito válido mas há mais atractivos que este num bom filme. Em suma não se pode considerar MI3 um filme mercedor de uma boa critica...

terça-feira, maio 02, 2006

O pesar entristecido do caminho por percorrer não percorrido…

Estendido na cama num quarto já escuro, a luz parece aqui sem um companheiro perdido um passageiro irregular, que apenas alumia quando a consciência permite pensamentos mais alegres, mais leves. O dia tinha passado. Mais um dia passado numa constante inércia, numa permanente penúria intelectual, traduzindo-se agora o penar do tempo perdido numa tortura poética que espera não ver o amanhecer acordado. Dois sentimentos pulsam na imensidão do vazio, na imensidão sináptica que nada transmite…O que podia ter sido, o que podia ter feito, as capacidades que sabe ter inutilizadas por uma forte falta de iniciativa por uma quietude mórbida…O prazer que lhe dá esta culpa esta auto-flagelação imposta pelas circunstâncias, das cinzas nasce a Fénix já relatava a lenda, num pensamento vão de verdade agarra-se uma vida ou perde-se um momento.

domingo, abril 30, 2006

Casablanca - Rick’s everybody favourite gin joint

Este é sem duvida o príncipe da indústria cinematográfica. Um expoente máximo do cinema mundial, um filme para todas as gerações.
Casablanca em plena 2ª guerra mundial, Rick Blain (Hunphrey Bogart) é o dono do Rick Café Americain, local de encontro para a toda a sociedade local. Casablanca é uma cidade pragmática sem escrúpulos, que se aproveita do facto de ser território Francês não ocupado, tornando-se assim ponto de passagem para foragidos, para ladrões e para revolucionários, que por ali passam com vista a conseguir um voo para Lisboa e daí para Inglaterra ou Estados Unidos. Rick é uma personagem escura que nunca toma partido de nada, apenas da sua própria sobrevivência, dos seus próprios interesses. Toda esta imagem se altera com a da chegada de Ilsa Lund (Ingrid Bergman), amor antigo com uma história inacabada (We’ll always have Paris). Este é um dos filmes que mais expressões introduziu no léxico quotidiano (I think this is the beginning of a beautiful friendship). Um filme que representa a grandiosidade perdida do cinema Americano.
Play it Sam!!

sábado, abril 15, 2006

Family guy – Good old Family American values

Série de animação criada por Seth MacFarlane que já vai na sua quinta série. Relata as desventuras de uma “típica” família americana na boa tradição critica imposta pelos Simpsons. Esta é no entanto um pouco mais acutilante, não mostrando qualquer problema em tratar questões como a homossexualidade, o racismo, a incapacidade física e outros temas considerados tabú na muito conservadora sociedade norte-americana. Pode-se considerar que esta série ocupa um lugar confortável entre as criações de Matt Groening e South Park de Terry Parker & Matt Stone. É uma série surpreendente que se vê com deleite, podendo tornar-se um verdadeiro vício.
Esta série ainda não tem edição portuguesa, e as edições importadas não estão acompanhadas de legendas na língua de Pessoa, pena mas não é razão para não a comprar, esta é uma série que irá enriquecer qualquer “DvDteca”…uma compra fantástica com o carimbo addcritics.

terça-feira, abril 11, 2006

Boxoffice # 1 - Basic Instinct 2

É a primeira vez que escrevo sobre um filme que ainda está em exibição nas nossas salas de cinema, daí o titulo Boxoffice #1. E começo logo por dar a minha opinião sobre uma sequela; nem sempre a minha relação com as sequelas é pacífica. Basic Instinct é um filme forte que deixou marcas no cinema. A cena do cruzar/descruzar de pernas de Sharon Stone é uma das imagens mais fortes e polémicas de sempre do cinema norte-americano. O impacto do primeiro filme envolveu esta sequela numa enorme expectativa.
Quanto a mim Basic Instinct 2 não faz jus ao seu antecessor. Não sendo mau filme falta a subtileza do primeiro. As personagens ao longo do filme fornecem informações ao herói o psiquiatra Dr. Glass (David Morrissey), que lhe toldam o julgamento e o levam a bifurcações, ou não será bem assim…
Este filme é um thriller psicológico mas não tão desconcertante como se desejaria, a trama não flui livremente. Stone continua a ter aqui um desempenho muito bom (fazendo o que parece ser-lhe natural, seduzir) e Morrissey reconhecido actor de TV revela-se um actor com potencial crescendo ao longo do filme.

sábado, abril 08, 2006

O padrinho, a brilhante inconformidade do sucesso criminal.

Sem duvida a triologia mais importante do cinema superiorizando mesmo a triologia, do fantástico, Star Wars. Francis Ford Coppola conta a história da família Corleone. Através de flashbacks é apresentada ao espectador o inicio e desenvolvimento da Família desde o primeiro trabalho de Vito Corleone e de Clemenza. Marlon Brando tem aqui a sua mais famosa interpretação e revela os ainda jovens Al Pacino, Robert De Niro e Andy Garcia. O primeiro dos três é um filme muito denso muito envolvente “that can keep you in the edge of the seat” durante as cerca de 2 horas e meia. Estes filmes encontram-se à venda em Portugal em edições simples bastante acessíveis e numa caixa que contem os três filmes com alguns extras. Na net conseguem-se encontrar por vezes (depende do stock) caixas mais aliciantes com até 5 DVDs. Sem duvida um das maiores referências do cinema, a não perder pelos amantes do cinema.

quarta-feira, abril 05, 2006

Calvin & Hobbes - O oráculo do presente

Bill Watterson é o criador desta BD aclamada pelo público e pela critica, e tenta através de uma escrita marcadamente cómica percorrer a mentalidade da sociedade desferindo criticas mordazes aos fenómenos aparentemente normais do quotidiano americano. Pode-se encontrar em Calvin & Hobbes muitas lições de vida e um certo fio condutor filosófico que nos relembra as certezas da vida, aquelas às quais não podemos fugir. Estas características destacam Bill Watterson como um dos melhores escritores de textos ficcionados para BD. Pena é o Calvin ter-se reformado apenas com 6 anos. É mais um génio da filosofia moderna, preocupado com os problemas da sociedade de consumo, que se cala. Em Portugal pode ser encontrada em tiras publicadas no Público e publicadas em livro pela Gradiva.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

E porque não um pensamento?

"There are no precedents: You are the first You that ever was." -- Christopher Morley

Ainda não sei se se vai tornar frequente o post de pensamentos mas este tem o seu interesse. Agradeço a sugestão a Ana Branco. (Um beijinho maninha!)
American Splendor

Biografia do criador da banda desenhada American Splender, Harvey Pekar. Filme low budget com uma grande interpretação de Paul Giamatti, que se está a tornar um dos melhores actores da actualidade. A vida do autor parece ser mesmo retirada das paginas de uma revista de BD, então ele decide criar uma banda desenhada nunca antes vista que conta os problemas e os acontecimentos do dia à dia de uma pessoal normal, acaba por funcionar quase como um diário. Esta banda desenhada obtém um certo sucesso e o autor (pessoa por vezes irascível) começa a ser colaborador ocasional de um programa de televisão. A realização é excelente com o verdadeiro autor a aparecer constantemente e a fazer o papel de narrador. Outras personagens também aparecem na sua verdadeira forma. Filme excelente fadado a ser um filme de culto. Perfeito para quem está um pouco farto do formato habitual dos filmes dos grandes laboratórios americanos.
Seinfeld ou o rei da comédia

Para quem gosta de ócio, e tenta torna-lo uma experiência enriquecedora, Jerry Seinfeld é uma referência. Será ele o rei da comédia?? Da comédia televisiva não será (existem uns senhores chamados Monty Python, etc.), mas do chamado stan-up comedy é um dos grandes. A série Seinfeld escrita pelo próprio e por Larry David proporciona muitos momentos de descontracção e diversão. Conta as aventuras e desventuras de 4 amigos com personalidades muito peculiares, destacando-se as interpretações de Jason Alexander e de Michael Richards. As primeiras 6 séries têm já edição em DVD, em 5 caixas com 4 DVDs cada, repletas de extras para um experiência completa. Esta é a primeira recomendação do Add Critics, but as they say more will come….

terça-feira, janeiro 10, 2006

Um beijo muito grande!

Sofia és a melhor namorada do mundo. Um beijo
Mercado DVD em expansão...

O DVD atingiu rapidamente o top das preferências dos portugueses começando mesmo a rivalizar com os cd’s. Neste blog vou recomendar DVD’s bem como apresentar criticas a algumas edições. Brevemente vai haver também links para as melhores lojas de DVD’s on-line
Açores





Como é a primeira vez que escrevo um blog, vou começar por coisas simples. Fotografias tiradas por mim com uma maquina digital normalissima. Só se tem que tentar tirar o melhor partido do equipamento. Posted by Picasa