domingo, novembro 30, 2008

How to Irritate People (1969)


Não aprecio nada mesmo nada quando as minhas expectativas são defraudadas. Mas de vez em quando lá acontece. Deve-se a isto o facto de por vezes tentar escapar às críticas de um filme antes de o ver.
Mas porquê este discurso com muito pouco sentido?
Acabei de ver um filme/programa de televisão que tinha debaixo de olho há BUÉ! How to Irritate People (1969) apresentado pelo grande, enorme, John Cleese, escrito pelo próprio e pelo seu colega Pythoniano, Graham Chapman. Para começar o dvd está muito mal montado, alguém decidiu cortar às postas, com uso de ecrãs negros e títulos, aquele que era um programa contínuo. Muito mal feito. Mas não ficamos por aqui…O programa encontra-se extremamente datado e entretém muito pouco. Prazer de visionamento tirei muito pouco, até porque esta edição, já tinha dito que era má?, embora 4:3 (o que até não me chateia assim tanto), tem uma qualidade de imagem péssima.
Embora tenha algumas situações bem retratadas não aconselho este dvd. E olhem que me custa muito não recomendar um dvd do Monstro que é John Cleese.

Nota: 2/5

sexta-feira, novembro 28, 2008

Receita para o fim-de-semana

Caros doutos cinéfilos, vem aí o fim-de-semana e é um fim-de-semana alargado. Porque está frio, vou prescrever a minha receita.
Ver com uma caneca de cacau quente com uma pitada de canela:

Spy Game (2001) – Um Thriller ideal para noite de sexta.

On Her Majesty’s Secret Service (1969) – Um filme de acção para ver no sábado. Está carregado de belos ingredientes, para já é um filme do Bond, tem cenas fantásticas na neve e parte do filme foi filmado em Portugal (Estoril). Ah, há um atractivo, este é o filme em que J.B. se casa. Este filme é injustamente mal amado!


Stardust (2007) – Filme sobre o fantástico com belos momentos de humor, ideal para uma tarde de Domingo.

Life of Brian (1979) – O mais aclamado filme dos Python. Uma comédia inteligente numa sátira a alguns dogmas da nossa sociedade Cristã. (Always look on bright side of life) Para ver na segunda-feira antes da labuta semanal.

Se seguirem esta receita, vão ter um fim-de-semana relaxante e quentinho…

terça-feira, novembro 25, 2008

Freaks (1932)


Um dos filmes que mais interesse me despertou no último ano! Uma obra que gera paixões que divide pessoas, e eu vi-a!

É mais uma média metragem do que longa, conta com apenas 60 minutos de filme. Mas devem ser dos 60 minutos mais estranhos do cinema dos anos 30 (se bem que nesta época havia muito experimentalismo conceptual). Foi uma tentativa de ganhar com o sucesso que os filmes de terror estavam a ter junto do público, traduzindo-se em grandes sucessos de bilheteira. No entanto, este filme foi mais além e trazia o terror para o plano do real (ao filmar pessoas com deformações verdadeiras) e isto ditou o seu fracasso. Expunha o espectador a figuras que não queriam ver. Este facto levou este filme a ser banido no Reino Unido até aos anos 60, e ainda hoje (legalmente) se encontra banido em alguns estados dos Estados Unidos da América.

Filmado por Tod Browning que arruinou a sua carreira com este fiasco de bilheteira após o seu grande sucesso “Dracula” (1931). “Freaks” deve ser o seu trabalho mais discutido e nalguns ciclos o mais aplaudido. Este filme teve um retorno à fama nos anos 60 quando se valorizava tudo aquilo o que saía fora dos padrões estabelecidos, tornando-se num filme de culto para a sociedade vanguardista da época.

Conta a estória de um Sideshow (circo de anormalidades – na falta de melhor palavra) e fala da relação entre pessoas com deformações físicas e pessoas “normais”. Não é mais do que uma ode à igualdade e mostra com crueldade como todos podemos ser vis e maquiavélicos. Se por um lado mostra a perversidade dos ditos normais e a união dos “freaks”, por outro mostra o carácter vingativo dos “freaks”, num final aterrador para a época.

Não esperem grandes interpretações nem grande enredo, mas esperem um filme com imagens peculiares e nunca antes vistas no ecrã. Este filme ainda hoje é um murro no estômago porque vivemos numa sociedade em que cada vez mais se premia a perfeição com a desculpa de promover a inclusão (tretas, digo-vos eu. Tretas!).

Nota: Porque este filme tem cenas de grande impacto e porque desempenhou um papel importante na história do cinema 4/5

segunda-feira, novembro 24, 2008

Comprinhas

Porque já não vos mostrava nada de novo há algum tempo, e porque adquiri recentemente dois campeões dos Óscares em edições muito boas, resolvi partilhar com os caríssimos as minhas comprinhas.

Estas edições são semelhantes e estão repletas de extras.

Titanic (1997) – Edição especial de coleccionador de 4 discos



Este filme a par de “Ben-Hur” (1959) e de “The Return of the King” (2003) foi aquele que arrecadou mais estatuetas douradas (11). Merecia de facto uma edição como esta. Embora não seja um dos meus filmes preferidos, “Titanic” entrou definitivamente na história do cinema e vai ser sempre recordado como uma obra-prima (devo-vos lembrar que tudo foi recriado ao pormenor desde os tecidos às loiças, etc.) e como um dos maiores Blockbusters de sempre (provavelmente o filme que mais pessoas foram ver repetidas vezes à sala de cinema), figurando ainda na lista dos filmes mais lucrativos de todos os tempos.

Gone with the Wind (1939) - Edição especial de coleccionador de 4 discos
Ganhou 8 Óscares e 2 prémios especiais atribuídos pela academia (considerando alguns 10 Óscares). É o filme mais longo de sempre (226 min) a ganhar o Óscar para melhor filme e, a meu ver, o filme Rei de Hollywood, é aquele que reflecte os tempos gloriosos de Hollywood, tem uma carga dramática e de aventura muito forte e transmite uma sensação de épico intemporal. Queria ter este filme há muito, e finalmente tenho uma bela edição. Agora é revê-lo em dvd, porque em VHS devo tê-lo visto 3 ou 4 vezes.

Agora imaginem o que é ver estes filmes e os respectivos extras de forma continua. Um prazer indescritível (só ao alcance dos espectadores pacientes). Ai ai, parece que vou ter de pedir uns dias de férias.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Call Girl (2007)


Um filme Português algo diferente do que esperava, mas com o mesmo problema de sempre: Um estilo de filmar trivial e directo, e pior alguns dos actores não deviam sequer poder fazer anúncios ao Omo.

Ivo Canelas confirma-se como uma promessa nacional, um actor com presença com muito potencial e que é, neste filme, acompanhado muito bem por Soraia Chaves que defende bem o seu papel com uma interpretação que não envergonha. Será que podemos esperar mais desta actriz, será que pode singrar como actriz e não como uma cara bonita? Estamos cá para ver.

O bom e velho Nico desempenha o seu papel na perfeição (um dos poucos actores que de facto tem um papel importante a desempenhar na ficção nacional), o Raposo é a voz da razão e muito bem.

Parece-me haver aqui uma progressão em termos de argumento, foi um risco escrever e realizar um filme com mais de 2 horas, mas esta foi a maior conquista do filme, porque só assim se pode dar outra profundidade ao filme, a humanização das personagens por vezes obriga a isso. No entanto não me parece ser com este tipo de filmes e com este género de produções que o cinema nacional sobe de patamar e recupera a glória perdida dos anos de ouro.

Nota: 2,5/5

P.S. – E que tal fazerem um filme em que numa página de argumento não apareça uma asneira quanto mais 5 por linha?

P.S.2 – Houve aqui algumas homenagens, e no fim percebemos o porquê do fato e da gravata preta.

P.S.3 – Bom, bom era o Mr. Brown ter ido ter com ela! Mas depois apenas nos restava um gajo bom, e isto do cinema ainda tem algumas regras. Mas que era do caraças, ah isso era!

quarta-feira, novembro 19, 2008

O que se passa com a Dra. Ferreira Leite?


Algo se passa com a líder da oposição. Esta senhora conta já com um belo chorrilho de barbaridades proferidas nas alturas mais incríveis. Inteligência e habilidade política foi algo que não lhe calhou na rifa.

Numa altura que era, aparentemente, favorável à oposição, com os professores e os alunos na rua, Ferreira Leite vem puxar para si, da pior maneira, os holofotes. Dando uma bolsa de oxigénio inesperada ao governo, que para além de acalmar a polémica ainda tem hipótese de tirar dividendos políticos positivos das declarações da suposta Tatcher Portuguesa.

Embora a Dra. Manuela possa de facto pensar que a democracia devia ser suspensa para que se pudessem realizar algumas reformas importantes, nunca o pode dizer publicamente, muito menos no papel de líder do maior partido da oposição. Há uma responsabilidade política que não pode ser quebrada.

Agora Dra. Ferreira Leite vá ter umas aulinhas de política democrática que bem precisa! E o país agradece.

Isto está incorrecto!


A série “Seinfeld” é umas das séries mais mal traduzidas, para Português, da história. É impressionante a quantidade e o calibre dos erros que encontramos nesta série.

Na sexta temporada no episódio número 19 (“The Doodle”):

I ate…

Tradução que se encontra no dvd: Eu odeio…

Tradução correcta: Eu comi…

Este erro é cometido duas vezes na mesma cena (pelo menos há consistência).

I am watching four movies at the same time.

Tradução que se encontra no dvd: Estou a ver 40 filmes ao mesmo tempo.

Humm, como é que isto aconteceu? Eu não percebo!

terça-feira, novembro 18, 2008

In Bruges (2008)




É verdade apresento mais um filme actual, mais um filme do presente, “In Bruges” de Martin McDonagh. Realizador que ganhou o Óscar em 2006 para melhor curta metrgem com “Six Shooter” (2004) o seu primeiro trabalho como realizador.


“In Bruges” foi-me apresentado como uma comédia negra, mas nunca pensei que o fosse tanto. Muito bem escrito, com diálogos bons e bem ditos, tornam este filme num dos filmes independentes mais promissores do ano.


O filme suporta-se numa envolvência bela, proporcionada pela cidade de Bruges. Esta aura bela é rematada com um conjunto de sequências e planos com uma componente dramática/cénica muito forte. Este drama pessoal é uma descoberta da amizade e do amor, revestido de um estranho sentido de honra e de conflitos interiores. As situações caricatas e algo peculiares retiram a carga dramática que de outra forma tornariam o filme mais denso, algo penoso e talvez insuportável.


Gostei do filme, mas gostei sobretudo de alguns momentos da dita comédia negra com diálogos de génio.

NOTA: porque nem sempre se manteve constante 3/5

segunda-feira, novembro 17, 2008

O Programa do Aleixo



Se gostam de comédia pouco convencional leiam este post e vão ver que não se sentiram defraudados.


O Eoke de Coimbra, deixou de ser Eoke, porque os senhores do Star Wars se mostraram algo incomodados com a sua aparência.


Fui alertado pelo sempre atento Tio Markl para o programa de televisão de Bruno Aleixo (O programa do Aleixo) que pode ser visto aqui. Já conhecia esta personagem há algum tempo (e era fã), nunca tinha pensado sequer que o formato dos sketches poderia ser transposto para um programa de tv. A verdade é que fiquei bastante agradado com o primeiro programa. Vamos ver se os capítulos seguintes são consistentes.


O humor do Bruno Aleixo, é um humor algo particular e que certamente apenas vai agradar a alguns, podendo mesmo criar sentimentos de ódio noutros.

Quantum of Solace (2008)



A pedido de muitas famílias deixo aqui o meu contributo sobre o novo filme do James Bond, ou será Jason Bourne? Estes dois se calhar têm algo mais em comum do que as iniciais!


Este filme tem gerado muitos sentimentos contraditórios (esta é uma saga de paixões) em quem percebe um pouco desta coisa do cinema. Eu que não percebo nada posso tentar esclarecer algumas mentes.


As expectativas estavam altitas! Depois da adaptação do primeiro romance de Fleming, esta continuação era intensamente aguardada pelos fãs. Como tal o Add Critics não podia perder a estreia do Bond 22.


Temos acção acelerada, num filme que parece ter apenas 50 minutos de duração. Apenas 50 min porque tem pouca estória, muito pouca, o enredo é simples. É um filme que funciona bem enquanto parte do que se espera uma trilogia, mas que não tem capacidade para se manter de forma individual. Os filmes Bond têm de ter a capacidade de valer por si só assim como no conjunto. Neste ponto o filme, muito bem filmado e com cenas de acção muito bem coreografadas, falha, e falha redondamente.


No entanto, entendo que o conjunto destes dois filmes “Casino Royale” (2006) e “Quantum of Solace” (2008) catapulta o universo Bond para outro patamar podendo com isso atingir públicos que até aqui pensava nos filmes Bond como filmes moles e pouco movimentados. Passamos também para uma nova era de cinematografia, muito mais real, muito mais fria, por outro lado torna Bond num super herói de smoking (uma abordagem à personagem semelhante à que Nolan fez com Batman).

Nota: Como filme de acção 3,5/5, como Bond 2,5/5

The Movies I See!

Depois de um interregno, estou de volta e com boas noticias.

O meu amigo que escreveu dois posts, como convidado, aqui no estaminé montou a sua própria loja.

E que tal mostrarmos o nosso apoio ao ler as suas criticas de cinema?

O blogue pode ser lido aqui.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Entre Les Murs (2008)

E não é que o franchising continua? Ah pois continua. Convidei o nosso amigo Gonçalo para escrever um post sobre um filme à sua escolha. E ele escolheu o filme mais badalado da semana transacta “Entre Les Murs” (2008). Portanto recostem-se e bebam um chazinho de ervas frescas e desfrutem do post. Ao Gonçalo o meu muito obrigado.


Entre Les Murs

“A Turma” oscila entre a ficção e o documentário mostrando-nos os mais variados problemas do ensino e a sua interacção com alguns problemas sociais.


O filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes consegue mostrar-nos o que se passa dentro de uma sala de aula de uma forma muito crua, humana e realista e ainda de um modo tão abrangente que só pelas origens dos alunos podemos reportá-lo para a realidade francesa... tivessem eles raízes cabo-verdianas, angolanas, moçambicanas, Ucranianas, brasileiras, etc e estaríamos na presença de uma turma de uma qualquer escola em Portugal.


Tanto os alunos como o professor (François Bégaudeau – autor do livro que deu origem ao filme), não sendo actores estão soberbos. Talvez seja esse um dos segredos do filme, pessoas normais que não têm de encarnar personagens, têm apenas de ser elas próprias.


Resta dizer que a sessão a que fui -estava quase vazia! - contou com a presença de alguns professores que infelizmente não se abstiveram de comentar o filme (às vezes de forma bastante idiota!) durante toda a sessão. Conclusão: os professores quando vão ao cinema comportam-se como os seus alunos problemáticos nas salas de aula.


Nota: 4,5/5 ou 8,5/10

terça-feira, novembro 04, 2008

I predict!


Cá para mim quem ganha as eleições dos Estados Unidos da América é o senhor do nome étnico. Até porque o outro senhor é coadjuvado por uma louca. Sim, por uma louca tresloucada.

Agora, será o Sr. Obama um bom presidente? Não sei e sinceramente tenho as minhas reservas em relação ao seu poder de decisão, mas sempre é melhor do que a outra senhora que pesca salmões (por maiores que eles sejam).

Interessante é também o facto de o próximo presidente dos EUA ter Hussein como nome de família (curioso não é?) e ainda por cima ser de uma minoria num país onde a segregação racial é um passado recente. Vamos a isso que para à frente é que é o caminho.

O senhor Obama vai ser um alvo muito apetecível para algum redneck manhoso tentar provar a supremacia branca (até parece que os gajos estão a fazer um anuncio a um detergente). Por isso protejam-no muito bem que com a crise instalada não precisamos mesmo nada de uma atentado político bem sucedido (chamem mas é os homens do presidente, que eles tratam do assunto).

P.S. – Já não há pachorra para esta eleição, até parece que não há nada importante a passar-se no nosso país.

P.S.2 – Então e o BPN? Voltámos ao tempo do PREC? Podemos nacionalizar aqui o estaminé e eu posso tornar-me funcionário público? Humm, beneficiosinhos, cá vou eu.