quarta-feira, outubro 10, 2007

Ciclo de cinema # 1.3 – O Costa do Castelo (1943)


Tenho conseguido manter a periodicidade anunciada (não corre mal isto), cá vai quentinha mais uma opinião sobre um filme sexagenário (quase, quase com direito a desconto de terceira idade e ao famoso passe…). É dos filmes mais famosos da nossa cinematografia. Este estatuto é merecido até certo ponto, por um lado a genialidade de António Silva por outro lado a teatralidade de Maria Matos é exagerada, mesmo que necessária no início do filme, peca claramente pelo arrastamento na parte final (não podemos, no entanto, deixar de prestar homenagem a uma das grandes actrizes cénicas Portuguesas). Este, não é mais do que um simples filme de amor de encontros e de desencontros. Havendo no entanto um interessante confronto de classes, bastante comum na sociedade Portuguesa dos anos 40 protagonizado pelas famílias tradicionais ainda agarradas ao estatuto de nobreza e fidalguia. Mas como sempre tudo acaba bem e os casais ficam juntos…ah como é boa a previsibilidade deste tipo de cinema, encontramos nela um conforto, uma ternura que perdura ao longo das décadas. Não são finais emocionantes, mas são finais quentinhos…

Ver um filme destes à lareira a bebericar cacau quente e a comer castanhas…que belo quadro. Quando chega o Inverno? Quero que seja agora, já hoje, que estou uma daquelas laricas, ui ui…

Não percam a explicação silviana (esta é que deve ser mesmo nova, até estala – qual nota de 20 escudos a sair da casa da moeda) sobre o funcionamento de uma telefonia…há coisas, hem?…o homem tem mesmo graça!

Filmes como este, e como a série de filmes #1.X baseiam muita da sua piada, não na trama em si mas nos pormenores e nos diálogos brilhantemente escritos.

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