quinta-feira, março 12, 2009

Relato de uma estranha viagem à Venezuela


Hoje de manhã dei um salto à Venezuela, fui e voltei! E vim de lá uma sensação estranha. Apetece-me vestir uma T-Shirt vermelha encimada por uma camisa vermelha com dois bolsinhos.

A verdade é que tive de ir à embaixada da Venezuela em Lisboa, por isso estou a dizer a verdade e estive em território Venezuelano durante 10 minutos (lá por ser num 4º andar da Avenida Duque de Loulé não deixa de ser “solo” lá das Américas). Fui muito bem recebido e encaminhado para uma pequena sala de espera onde me pude sentar a olhar, a admirar uma parede cheia, CHEIA, de fotografias do Sr. Hugo Chávez. Vi Hugo Chávez a fazer tudo o que nunca pensei ver fazer, sinto mesmo que o conheço intimamente. Vi-o a trabalhar nas obras, vi-o a provar delicatessens Venezuelanas, vi-o a fazer um exame aos olhos (estou a falar a sério) e vi-o em poses de líder de estado (com o fato, a faixa e o ouro ao peito) e em poses de líder revolucionário em discursos inflamados. Dois outros artefactos que me chamaram à atenção foram dois bonecos insufláveis dele (sim, bonecos insufláveis de Chávez pululam a “sua” embaixada em Lisboa), bonecos sempre-em-pé. Então olhei para o boneco e juro que ele me disse: Eu não posso, não vou ser derrubado.

Fiquei um pouco perturbado, mas confesso que achei um piadão (quero lá saber que isto não seja uma palavra) à propaganda política que se faz numa embaixada. Fiquei a sentir-me um super-herói que em pouco tempo viaja para outro continente. Para viagens de 10 minutos aconselho mesmo uma ida à sala de espera de uma embaixada.

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