quarta-feira, outubro 15, 2008

Creature from the Black Lagoon (1954)


Seguindo os meus próprios conselhos nos posts anteriores, vi este filme sozinho numa noite escura e tenebrosa.

Este filme foi filmado em 3D no auge desta tecnologia. Nos anos 50 pôde-se ver a criatura a sair do ecrã para aterrorizar os espectadores (muito cool, muito Sci-Fi). Em Portugal tivemos a hipótese de ver em casa a 3 dimensões este monstro da Universal (um pouco mais tarde, nos anos 80).

O filme retrata o último monstro clássico da Universal, numa transposição da estória do King Kong (1933) para ambientes subaquáticos. Há um lado humano na criatura, personificado pela atracão que sente pela heroína. Todo este lado humano e apelativo atinge o clímax numa sequência em que o animal segue os movimentos da heroína, dentro de água, de uma forma quase mimética. Esta cena é uma dança, um bailado coreografado que segundo alguns está carregado de sexualidade (para mim um dos momentos mais bem conseguidos do filme).

Outro ponto que me atrai neste filme é o facto de o cientista deixar a posição de vilão que adquirira em Frankenstein (1931) e passar a ser o herói. Ainda melhor o herói é biólogo marinho e ainda por cima Ictiólogo. Tivesse eu nascido antes e já se sabe quem seria o herói!

Gostei bastante do filme mas tive que imaginar que era um filme do final da década de 30, início dos anos 40. Porque se retirarmos o facto de ter sido produzido em 3D, o filme peca pela falta de complexidade de enredo e grande simplicidade. Nos anos 50 eu esperaria um pouco mais de um filme com estas premissas. Em termos cinematográficos, ganha apenas com a composição de algumas cenas e com uma boa filmagem subaquática.

Nota: Porque para mim se pode tornar um pequeno guilty pleasure 4/5

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