terça-feira, janeiro 08, 2008

Conto mesmo muito curto e algo absurdo, talvez um pouco parvo mesmo, sobre cornos.

Olá bom dia, chamo-me Anacleto Sá e Sousa e tenho um problema capilar!

Como a maioria de vós não me conhece, e para que não me está a ver, vou explicar: tenho mesmo no início da linha de cabelo, mesmo em cima do lobo frontal dois remoinhos que forçam o meu cabelo a permanecer espetado, mas apenas, e atenção que isto é importante, nestes dois locais. Estas protuberâncias capilares parecem dois pequenos cornos, tivesse eu ascendência judaica e parceria um Tricerotops. Tenho que explicar que como a minha vida sexual é inexistente, estes ditos cornos não têm razão social de existirem, são somente perturbações foliculares. Esta incoerência capilar sempre me fez sentir um pouco à parte, por isso podem imaginar a minha felicidade quando ouvi a expressão “O corno de África” – aparentemente os povos Africanos aperfeiçoaram os seus problemas capilares por evolução convergente e têm somente um corno. Pelo que me resolvi a mudar para África e baralhar as contas à evolução em vez de 1 ou 2 remoinhos, por cruzamento, pode ser que consiga criar (qual pequeno Deus) uma super raça com 3 remoinhos (para que só chegou agora equivale a 3 protuberâncias capilares semelhantes a cornos). Está raça será rainha entre os Homens até porque já terá coroa.

Este é o meu projecto de vida, como vou ganhar dinheiro não sei…

Assina: A. Sá e Sousa, Hospital psiquiátrico da Baixa-da-Banheira (que para quem não sabe é o ralo – que mania de complicar as expressões, IRRA).

Nota do A. – Este é um desenvolvimento muito parvo feito por mim tendo por base o fenómeno geológico, ou será geográfico? Não, é geográfico do corno de Africa. Que giro que é transformar geografia em complicações capilares estúpidas. O que é que hei-de fazer? – o raio da demência está cada vez mais instalada, é que parecendo que não incomoda.

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