
Esta semana a net não parou de bajular Christopher Nolan. Este senhor conta já com belíssimos filmes no seu C.V. (“Memento” (2000) e “The Prestige” (2006) filmes a ver), mas tanto hype? A verdade é que a morte precoce e trágica de Heat ledger catapultou este filme negro para locais onde nunca chegaria sozinho.
A bajulação impõe-se! O senhor safa-se bem, faz filmes que surpreendem, e neste novo Batman confirma-se como versátil.
Outra coisa que não parou de circular na net é o respeito que Heath ganhou com esta personagem, aquela que aliada à sua morte o eleva ao estatuto de estrela perdida. Ledger era já uma das grandes promessas de Hollywood em termos de actores (e não são muitas as promessas) que com uma série recente de grandes interpretações se começava a afirmar como um dos grandes actores da actualidade. O seu Joker é muito interessante, com um crescimento dramático ao longo do filme culminando numa personagem intensa e complexa que se satisfaz apenas com os acontecimentos que facilita e não com o clássico domínio da sociedade. Joker torna-se num vilão manipulativo capaz de planear tudo ao pormenor e de interagir com o modo de pensar das suas vítimas. Tudo nele estava perfeito, a voz, a postura e até a maquilhagem desarranjada introduziu uma complexidade acrescida à personagem, que Joker estimula pelos vários cenários que cria para a génese das suas cicatrizes.
De Aaron Eckhart poucos falam, mas deviam. Eckhart tem uma interpretação brilhante que embora não possa ombrear com Ledger não envergonha e surpreende. A evolução da personagem de Harvey Dent ao longo do filme é muito bem conseguida e a sua transformação em Two-Faces, embora repentina, tem pormenores brilhantes como a moeda e o facto do acaso passar a controlar a sua conduta. Este foi um volte face (trocadilho giro, não?) interessante, porque após a explosão pensei ter-se iniciado o caminho para o terceiro filme, mas não tudo culmina, tudo acaba e quanto a mim este podia ser um caso em que a trilogia ficava só com dois filmes.
O filme, é um bom exemplo de que os filmes de super-herois podem ser inteligentes e não banais. Há por ai muito senhores que deviam vir beber influências a “The Dark Knight”. Tramas secundárias interligadas com a trama principal que se divide em dois actos, conferem-lhe uma profundidade e uma estratificação que favorece o conjunto, tornando-o num bom filme. É negro e empurra Batman para um universo mais real menos ficcionado do que o da Gotham a que nos habituamos, cheia de elementos cartoonisticos.
Não deixem de ver este filme que vale pela trama e pelos desempenhos de um conjunto de actores fabulosos. Um terceiro filme dificilmente conseguirá atingir este patamar. Heath Ledger vai tornar-se uma lenda e o seu papel de Joker vai ser considerado uma das melhores interpretações de sempre.
A bajulação impõe-se! O senhor safa-se bem, faz filmes que surpreendem, e neste novo Batman confirma-se como versátil.
Outra coisa que não parou de circular na net é o respeito que Heath ganhou com esta personagem, aquela que aliada à sua morte o eleva ao estatuto de estrela perdida. Ledger era já uma das grandes promessas de Hollywood em termos de actores (e não são muitas as promessas) que com uma série recente de grandes interpretações se começava a afirmar como um dos grandes actores da actualidade. O seu Joker é muito interessante, com um crescimento dramático ao longo do filme culminando numa personagem intensa e complexa que se satisfaz apenas com os acontecimentos que facilita e não com o clássico domínio da sociedade. Joker torna-se num vilão manipulativo capaz de planear tudo ao pormenor e de interagir com o modo de pensar das suas vítimas. Tudo nele estava perfeito, a voz, a postura e até a maquilhagem desarranjada introduziu uma complexidade acrescida à personagem, que Joker estimula pelos vários cenários que cria para a génese das suas cicatrizes.
De Aaron Eckhart poucos falam, mas deviam. Eckhart tem uma interpretação brilhante que embora não possa ombrear com Ledger não envergonha e surpreende. A evolução da personagem de Harvey Dent ao longo do filme é muito bem conseguida e a sua transformação em Two-Faces, embora repentina, tem pormenores brilhantes como a moeda e o facto do acaso passar a controlar a sua conduta. Este foi um volte face (trocadilho giro, não?) interessante, porque após a explosão pensei ter-se iniciado o caminho para o terceiro filme, mas não tudo culmina, tudo acaba e quanto a mim este podia ser um caso em que a trilogia ficava só com dois filmes.
O filme, é um bom exemplo de que os filmes de super-herois podem ser inteligentes e não banais. Há por ai muito senhores que deviam vir beber influências a “The Dark Knight”. Tramas secundárias interligadas com a trama principal que se divide em dois actos, conferem-lhe uma profundidade e uma estratificação que favorece o conjunto, tornando-o num bom filme. É negro e empurra Batman para um universo mais real menos ficcionado do que o da Gotham a que nos habituamos, cheia de elementos cartoonisticos.
Não deixem de ver este filme que vale pela trama e pelos desempenhos de um conjunto de actores fabulosos. Um terceiro filme dificilmente conseguirá atingir este patamar. Heath Ledger vai tornar-se uma lenda e o seu papel de Joker vai ser considerado uma das melhores interpretações de sempre.

Nota: 4,5/5
Agora o que eu queria mesmo era ver Nolan a realizar um James Bond com Craig.
Agora o que eu queria mesmo era ver Nolan a realizar um James Bond com Craig.