sexta-feira, maio 09, 2008

As novas expressões do léxico corrente

Para quem ainda não se apercebeu há cada vez mais expressões a entrarem no nosso léxico corrente, expressões que há coisa de 2 anos não nos passaria pela cabeça usar numa conversa. Expressões que se embrenharam em Portugal e muitas vezes no resto do mundo ocidental da mesma forma que o termo arguido correu mundo aquando do caso Maddie.

A saber:

Carjacking – Esta é muito recente e somos atropelados por ela quase todos os dias (vá, dia sim dia não). Há claramente uma lacuna no Português em relação a este fenómeno, não existe uma expressão curta ou uma palavra que substitua o “carjacking”. Mas pode ser que com o acordo ortográfico a coisa se resolva e passemos a usar uma palavra em Português correcto, quer dizer, correto.

Novo máximo histórico – O malfado petróleo controla cada vez mais a vida dos Portugueses, a nossa vida social está tramada. O Ouro negro (não Duo, o líquido) até já condiciona a tradicional ida ao centro comercial em família.

Subprime – Não sabemos o que é, sabemos que está em crise, até parece que faz tremer os Estados Unidos e a Europa. Se por um lado nos parece positivo (EUA) por outro morde-os os calcanhares (Europa), até porque com referendo ou sem referendo Europeus seremos sempre, a menos que o nosso último Nobel não tenha delirado e que a jangada de pedra seja uma realidade pura. Bem pelo menos aproximávamo-nos da Madeira, isso é que era um Carnaval, de tanga mas um Carnaval.

Dá-me o telemóvel já! – Aqui sou como a Euronews, No Coments.

Défice das contas públicas – esta já vem desde o tempo da Sr. Dra. MFL. Não sabem quem é? Sabem, sabem. Agora até que ser a Thatcher Tuga. Haja paciência (será que haja mantem o H? – para quem como eu lê símbolos e não letras isto agora é tramado).

Tibete e Tocha Olímpica – O primeiro é recorrente e infelizmente pelas piores razões, a segunda é cíclica e certa, mas nunca houve por ela tamanho interesse. O Mao teve na sua caminhada o maior feito publicitário do mundo, a china tem nos Jogos Olímpicos a pior campanha publicitária de sempre.

Energia Eólica – Sempre soubemos o que era, mas nunca lhe encontrámos utilidade, há cerca de algum tempo tornou-se moda. Alguém pensou, E que tal encher os Parques Naturais de ventoinhas? – Bora lá.

Bio-combustíveis – quando Portugal decide incorporar ainda mais bio-conbustivel nos combustíveis de consumo generalizado (mais ainda do que o exigido pela UE) abate-se uma crise mundial com o repentino aumento do preço dos alimentos. Muitos vaticinam que os bio-combustíveis são os responsáveis. A sua produção já era lesiva para o ambiente agora percebe-se que é lesiva para a economia. Mas como são produzidos em Africa, Who cares? Vamos mas é consumir mais disto diz o parlamento Nacional, sempre à frente do seu tempo. Hem? – agradável esta noção. Não acham?

Blogue – Ainda não percebi o que é...

Avaliação dos Professores – Ninguém sabe como funciona. No meu tempo eles avaliavam-nos a nós. A eles ninguém os avaliava. Agora avaliam-se entre eles (é isto??). Para mim fica tudo na mesma, dá-se um período de teste outro de adaptação e as águas de bacalhau vão acabar por imperar.

Open space – Ui! que diferente que é de sala ampla, diferente não é, mas é muito mais Cool (fixe? Esta não é nova já o Vasco Santana, o Vasquinho da anatomia, a usava n’“A Canção de Lisboa” (1933)).

1 comentário:

Gonçalo disse...

Post muito interessante amigo Poli!
A respeito de umas meras expressões, agora tornadas comuns, falas de muito assunto da actualidade.

Carjacking- com o novo acordo ortográfico, acrescenta-se "ue" no fim e temos uma nova palavra "portuguesa". Esta mania de se querer uniformizar tudo, é de loucos. A diversidade linguística deveria ser algo a preservar, senão qualquer dia falamos todos inglês e pronto!

Novo máximo histórico - por favor que aumente todos os dias e que o petróleo acabe de vez, pois só assim a civilização humana irá OBRIGATORIAMENTE mudar. Até lá a dependencia perdura...

Subprime - hum, disto ñ percebo nada!Em relação ao referendo, aguardo ansiosamente o NÃO irlandês, o único país em que as pessoas têm o direito a escolher. Cá, promete-se uma coisa, faz-se outra... é corriqueiro.

Dá-me o telemóvel já! - enfim, é revelador da falta de educação de alunos e da falta de preparação dos professores. Mas calma, que também não é caso para polícia, nem para tanto alarido.

Défice das contas públicas - Parece que isto é crónico no nosso país, estamos sempre em défice...sobretudo de pessoas isentas e sérias para liderar o país.

Tibete e a tocha olímpica - Ora aí está um tema (Tibete) muito pertinente e que ganhou novo folêgo com este evento desportivo (jogos olímpicos e a sua tocha!). Agora eu pergunto, como é possível o comité olímpico atribuir a realização de tal evento a um país como a China (quase que se poderia dizer o mesmo dos EUA, mas enfim)? o que se segue? Myanmar? ou o Zimbabwe? Vamos lá Srs. líderes dos países deste mundo, tenham tomates e boicotem esta farça. LIBERTEM O TIBETE.

Energia Eólica - gente estúpida esta que destrói o que o mundo tem de mais precioso, a sua riqueza e diversidade natural. Deixo duas sugestões:
1ª - que tal a energia solar? temos mto telhado vago para ser usado.
2ª - pq qualquer tipo de produção de energia tem os seus custos ambientais, que tal empenharmo-nos no primeiro dos R's? REDUZIR!REDUZIR!REDUZIR!

Biocombustíveis - Esta é que é "No coments"! Quando uma sociedade tira o alimento a uns, para que os outros possam utilizar isso como material para queimar nos carros, para produzir electricidade ou sacos de plástico, está tudo dito! Infelizmente este problema é bem mais complexo do que isto, uma vez que tem também a ver com as colheitas dos países produtores. Que ou foram más (Cazaquistão e EUA) ou foram boas mas eles fecharam a porta Às exportações (Tailândia e Brasil).

Blogue - hum...esta é difícil.Naão sei.

Avaliação de professores - incompetência de ministro é coisa complicada! Todo o trabalho deve ser avaliado, mas com cabeça tronco e membros... ñ é decerto pelas notas dos alunos ou pela opinião dos pais que a avaliação será a mais correcta, sobretudo se estivermos a falar de escolas diferentes em situação sociais distintas.

Amigo Poli à muito que não participava no teu estaminé,
desculpa "o testamento"!

Abraço